Londres, 3 abr (Xinhua) -- Engenheiros europeus lançaram um satélite para a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), nesta segunda-feira, para rastrear lixo espacial e levá-lo de volta à Terra, dando início ao projeto “RemoveDebris” (removedor de detritos”, em tradução livre).
O satélite será armazenado na ISS por várias semanas, antes de ser liberado pelo braço robótico da plataforma orbital e iniciar uma série de operações no final de maio.
Dois pequenos satélites cúbicos, ou "CubeSats", irão junto, com um monitorando e classificando os detritos em órbita, e o outro capturando objetos com uma rede.
"A rede é uma opção muito flexível como forma de capturar detritos, porque, mesmo que os detritos estejam girando ou tenham uma forma irregular, capturá-los com rede é relativamente de baixo risco, em comparação com um braço robótico, "O pesquisador principal do projeto, Guglielmo Aglietti, informou ao Spaceflight Now, um serviço de notícias espaciais online.
O baixo custo também é um dos motivos pelos quais a equipe de pesquisa escolheu esse método.
Liderado pelo Centro Espacial da Universidade de Surrey, no Reino Unido, o projeto custou cerca de 13 milhões de euros (quase 16 milhões de dólares americanos).
Metade das despesas vem da Comissão Europeia, e a outra metade recebeu apoio de 10 parceiros como a Airbus e a Surrey Satellite Technology Limited.
Os engenheiros esperam provar que a limpeza de lixo espacial pode ser relativamente barata, e que seria acessível para empresas comerciais ou governos que operam com limitações orçamentárias, disse Aglietti, que chamou o projeto de "prova de conceito".
"Todos concordamos, no setor espacial, que é uma boa ideia começar a remover detritos maiores, que são os que causam maior ameaça", acrescentou Aglietti.
O lixo espacial é um problema crescente, com mais de 7.500 toneladas de hardware circulando a Terra, de acordo com a Agência Espacial Europeia.