Guerra comercial colocaria em risco interesses comerciais dos EUA, dizem bancos

Fonte: Xinhua    04.04.2018 08h50

Beijing, 4 abr (Xinhua) -- Os interesses comerciais dos EUA na China são muito maiores do que os dados mostram e ficariam em risco no caso de uma guerra comercial, de acordo com bancos.

O deficit comercial de bens norte-americanos com a China é considerado a principal razão para as ações recentes do presidente Donald Trump, mas a cifra não mostra o quadro completo dos laços econômicos China-EUA, de acordo com uma nota do Deutsche Bank.

O banco afirmou que havia 310 milhões de iPhones ativos em uso na China em 2016, mas esses smartphones não podem ser computados no comércio bilateral, porque a Apple, como muitas outras empresas americanas, estabeleceu subsidiárias para operar na China.

"Do ponto de vista do comércio internacional, os iPhones vendidos pelas subsidiárias chinesas da Apple não são contados como importações. No entanto, do ponto de vista econômico e financeiro, o iPhone é um produto dos EUA, e os EUA se beneficiam."

A nota concluiu que a abordagem da balança comercial é "claramente enganadora" e a retaliação mais prejudicial da China é "punir os interesses comerciais dos EUA na China".

O Standard Chartered estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos poderia cair 0,2% se a China retaliasse proibindo as importações de alimentos e de transporte e 0,9% se todas as importações fossem proibidas.

"Mantemos nossa projeção de crescimento do PIB da China de 6,5%, diante do forte crescimento do primeiro trimestre e a incerteza sobre as medidas de defesa dos EUA."

De acordo com o banco, a dependência econômica da China em relação aos EUA caiu de 6,3% do PIB em 2006 para 3% em 2017, enquanto o inverso aumentou de 0,1% do PIB para 0,7% entre 2000 e 2014.

"Uma guerra comercial não seria do interesse de ninguém" e poderia afetar 20% da economia global, acrescentou. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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