Washington, 29 mar (Xinhua) -- O presidente dos EUA, Donald Trump, falou na terça-feira com líderes da França e da Alemanha sobre a expulsão de diplomatas russos. Mais cedo na segunda-feira, ele também falou com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau para coordenar posições sobre o assunto.
A Casa Branca disse que Trump conversou com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, na terça-feira. As três nações anunciaram na segunda-feira a expulsão de diplomatas russos depois do ataque de envenenamento do ex-agente duplo russo Skripal e sua filha na cidade de Salisbury, no sudoeste da Inglaterra, em 4 de março.
Em seu telefonema com Macron, Trump e o líder francês expressaram apoio à "forte resposta" do Ocidente ao incidente relacionado à Rússia, incluindo a expulsão de um grande número de oficiais da inteligência russa nos dois lados do Atlântico.
No contato, Trump também enfatizou a necessidade de intensificar a cooperação com a Turquia no que diz respeito aos desafios estratégicos compartilhados na Síria.
Em uma chamada separada com Merkel, Trump reafirmou com ela a relação de cooperação entre os dois países.
Ambos os líderes elogiaram os anúncios conjuntos dos Aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Estados membros da UE e outros países para expulsar "oficiais de inteligência russos não declarados" em solidariedade à Grã-Bretanha e em resposta ao alegado uso de armas químicas da Rússia, disse a Casa Branca.
A Rússia negou qualquer envolvimento no envenenamento de Sergei Skripal e sua filha Yulia.
Mais cedo na segunda-feira, Trump conversou com Trudeau para afirmar a solidariedade de ambos os países com o Reino Unido e discutir as expulsões conjuntas de oficiais de inteligência russos em resposta ao alegado uso de uma arma química militar no solo do Reino Unido.
A Casa Branca disse em uma declaração separada que o comportamento da Rússia "é o mais recente em seu padrão atual de atividades desestabilizadoras em todo o mundo".
Na segunda-feira, pelo menos 137 diplomatas russos foram retirados por 24 governos, incluindo 60 russos dos Estados Unidos.
William Courtney, membro sênior adjunto da RAND Corporation, disse que as relações entre o Ocidente e a Rússia ficarão mais tensas, mas o Ocidente está disposto a correr esse risco.
Em seu protesto, o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse que Moscou dará uma resposta adequada nos próximos dias, em relação a cada caso.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também disse mais tarde que a expulsão do Ocidente de seus diplomatas é um passo hostil e prometeu reagir de acordo.