O Banco Popular da China (PBOC, na sigla inglesa) intensificou o desenvolvimento da tecnologia Blockchain, com o lançamento da primeira plataforma operando sob sua supervisão.

A Blockchain Registry Open Platform (BROP) foi lançada segunda-feira pelo Zhongchao Blockchain Research Institute, uma subsidiária do PBOC que foi responsável pelo lançamento do primeiro instituto de pesquisa de blockchain do banco central, em setembro do ano passado.

Um livro branco, detalhando os planos iniciais para a BROP, destaca como a tecnologia blockchain pode resolver problemas como a falsificação de dados e verificações de identidade, enquanto simplifica a burocracia e o rápido compartilhamento de informações entre os vários setores.

A BROP será uma plataforma de registro que fornecerá dados confiáveis, rastreabilidade e verificação de identidade a parceiros terceirizados, além de permitir que esses mesmos parceiros compartilhem dados e cooperem de boa-fé.

O livro branco descreve como a BROP poderá ser usada em vários setores, incluindo cadeias de suprimento de alimentos, saúde e caridade.

A BROP pode também ser usada para reforçar e melhorar o compartilhamento de dados entre o governo e as empresas, bem como fornecer certificações e avaliações oficiais através da Internet.

Embora o livro branco não revele detalhes explícitos sobre como e quando será aplicado, a atividade de segundo plano realizada pelas subsidiárias do PBOC sugere que uma grande quantidade de pesquisas foi realizada nos bastidores.

O Diário do Povo informou na semana passada que o Banco Central da China registrou mais patentes relacionadas com a plataforma blockchain do que quaisquer outras empresas ou instituições globais no ano passado, com 68 pedidos feitos por três agências do PBOC.

O Zhongchao Blockchain Research Institute entrou com 22 patentes em 2017, enquanto a China liderava o resto do mundo, ao apresentar 225 patentes - um aumento notável dos 59 pedidos feitos em 2016.

Em fevereiro, o Diário do Povo afirmou que "a China sempre foi um firme defensor da blockchain", com a tecnologia "mencionada pela primeira vez no 13º Plano Quinquenal da China para o desenvolvimento da tecnologia de informação em dezembro de 2016".

O esforço nacional para desenvolver a tecnologia blockchain não só viu um boom no número de novas patentes registradas, mas também um ímpeto no mercado de trabalho.

O China Daily informou no início deste mês que as oportunidades de emprego no setor de blockchain “subiram 9,7 vezes entre o 1º dia de janeiro e o dia 28 de fevereiro, em comparação com o período homólogo do ano passado”.

O relatório sugere ainda que os engenheiros que trabalham com plataformas blockchain estão agora entre os trabalhadores que com maior salário do país, com uma média mensal de 25.800 yuans (4.080 dólares).