Acompanhados pelos seus familiares, os 23 diplomatas russos expulsos pelo governo britânico deixaram Londres na terça-feira, com destino a Moscou.

Ao mesmo tempo que os diplomatas eram encaminhados para o aeroporto, a primeira-ministra britânica Theresa May se preparava para presidir uma reunião do comitê nacional de emergência para discutir a imposição de mais sanções contra a Rússia

O governo russo negou qualquer envolvimento no caso do envenenamento de um antigo espião russo, e informou que irá também expulsar 23 diplomatas britânicos, bem como encerrará o consulado britânico, em São Petersburgo, e o escritório do Conselho Britânico, em Moscou.

O embaixador russo no Reino Unido, Alexander Yakovenko, convocou uma receção em honra dos diplomatas forçados a deixar o país, ação considerada como hostil pelo governo britânico. O evento contou com a participação dos funcionários da embaixada, familiares e amigos.

Numa entrevista, o líder do Partido Trabalhista, maior partido da oposição, Jeremy Corbyn, afirmou que o Reino Unido deve continuar a lidar com a Rússia, apesar de todas as provas indicarem que o país está envolvido no ataque do ex-agente secreto em Salisbury. Corbyn disse que “realizaria negócios” com o presidente russo Vladimir Putin, mas de forma assertiva e com base nos valores do RU.