As companhias aéreas chinesas contrataram 1,332 estrangeiros como capitães dos seus aviões até ao final do ano passado, o que representa um aumento de 33% face a 2016, de acordo com um relatório da indústria de aviação.
(img) Capitã chinesa, Gui Hui, da China Airlines, e Heather Ross, piloto de Boeing 787, partilham suas experiências de voo na sucursal da Boeing em Beijing.
Os capitães proveem de 56 países, com a Coreia do Sul em primeiro lugar, com 307, seguidos da Rússia, Brasil e EUA, de acordo com o relatório de Pilotos da Aviação Civil Chinesa, emitido pela Administração de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla inglesa).
A proporção de capitães estrangeiros entre todos os capitães empregues pelas linhas aéreas chinesas cresceu também nos últimos anos de 4,5% em 2015 para 8,2% em 2017, refere o relatório.
A 12 de dezembro, a administração havia emitido certificados a 3,699 pilotos estrangeiros.
“Os pilotos estrangeiros contribuíram em muito para o melhoramento da aviação civil da China. No entanto, eles estão ficando mais velhos, um problema que não deve ser negligenciado pelas companhias aéreas”, disse a CAAC.
O relatório refere que 537 pilotos têm idades compreendidas entre 46 e 52 anos, perfazendo cerca de 40,5% do total. Apenas 17 capitães têm entre 28 e 30 anos.
“Isso revela que o número de pilotos na China é agora mais abundante e que as empresas podem ajustar o tamanho da sua frota para assegurar um mercado estável”, disse Zhu Tao, um oficial da CAAC.
A 31 de dezembro, a China havia emitido 55,765 certificações, um aumento de 10,4% face ao ano anterior, incluindo 22,405 certificações de transporte aéreo.
O número de pilotos disponível é um fator crucial para as companhias aéreas, e a escassez de pilotos está diminuindo na China, refere o documento.
Um total de 16,120 capitães, 19,857 primeiros-oficiais, dos quais 713 eram mulheres, estavam disponíveis nas linhas aéreas chinesas em dezembro, o que representa um aumento de 10,3% e 15,6%, respetivamente, em janeiro do ano passado.
Outro dos focos do relatório foi o rápido crescimento do número de certificados de veículos aéreos não tripulados na China. No final do ano passado, o número era de cerca de 24,400, o que representa um aumento de 10 vezes face a 2015.
“O crescimento significa que a indústria de veículos aéreos não tripulados na China está sendo normalizada e está a abranger cada vez mais quadrantes da sociedade”, disse Zhu.