Beijing espera que mudança de diplomata americano não afete laços bilaterais

Fonte: Diário do Povo Online    15.03.2018 13h42

As autoridades de Beijing pronunciaram-se na quarta-feira sobre a reorganização dos principais diplomatas dos EUA, deixando o apelo a que tal ação “não afete o desenvolvimento das relações em importantes áreas de cooperação”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu nesta terça-feira Rex Tillerson, dizendo que o seu substituto seria o diretor da CIA, Mike Pompeo. O candidato aguarda confirmação do Senado.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, disse, em uma coletiva de imprensa diária, que Tillerson permaneceu em contato com a China, como secretário de Estado, e o país agradece os seus esforços para promover o desenvolvimento dos laços sino-americanos.

Lu disse que a China espera também trabalhar com o novo secretário de Estado dos EUA, dando continuidade ao desenvolvimento saudável e estável de laços bilaterais que vinha sendo aprofundado, acrescentando que a China espera continuar a cooperar com os EUA em questões internacionais e regionais preponderantes.

Esta cooperação é viável, pois está alinhada, não só com os interesses das duas nações, mas também com as expectativas da comunidade internacional, reforçou Lu.

"Esperamos que o recente impulso positivo na situação da Península Coreana - incluindo a vontade política dos EUA e da RPDC para conversações diretas – não sofram alterações", disse o porta-voz.

Respondendo aos repórteres, após sua demissão, Tillerson pediu uma transição sem incidentes para Pompeo e incentivou os funcionários do Departamento de Estado a permanecerem focados no seu trabalho.

Tillerson disse que havia delegado seus deveres oficiais ao vice-secretário de Estado, John Sullivan, e que o seu mandato terminaria a 31 de março.

Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que esta alteração demonstra que Trump quer formar uma equipe forte para implementar suas políticas, o que “não será um trabalho fácil”.

"A determinação da Trump sobre a política dos EUA em relação à China e aos intercâmbios, comunicação e coordenação de alto nível em questões importantes entre os dois países não foi alterada", disse Ruan.

A única forma de gerenciar as diferenças é através da comunicação e consulta, em conformidade com os interesses de ambas as nações, acrescentou.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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