Stephen Hawking visitou o Templo do Céu, em Beijing, no ano de 2006. [Foto: CHINA DAILY]

Milhões de chineses demonstraram o seu apreço pelo físico britânico após o anúncio de sua morte, aos 76 anos, elogiando o seu espírito indomável e a clarividência na abordagem aos mistérios cósmicos.

Os cibernautas chineses acorreram à conta oficial do Weibo de Hawking para se despedirem, após as notícias se terem propagado na imprensa pela hora do almoço. Em cinco horas somavam-se mais de 50,000 novos comentários somente no seu último post, onde elogiava a jovem estrela pop chinesa, Wang Junkai, em novembro.

“Prezem a memória do Sr.Hawking. Você pertence às estrelas e ao universo. Os seus ensinamentos estarão para sempre no meu coração”, escreveu Wang.

As novidades sobre a morte de Hawking rapidamente se tornaram o tópico mais ativo nas redes sociais chinesas e no motor de busca Baidu. Mais de 380 milhões de leituras e 236,000 de comentários foram gerados no Weibo nas primeiras 5 horas após o anúncio.

Wang Jianyu, presidente da Academia Chinesa de Ciências em Shanghai, afirmou, “Hawking foi um homem extraordinário, que, apesar da sua condição física débil, foi responsável por ideias inovadoras brilhantes”.

Hawking morreu devido a complicações da esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa do sistema nervoso que o físico desafiou ao longo de décadas.

 “A morte de tal gigante da ciência é uma grande perda para a comunidade científica. Mas os seus pensamentos e ideias irão perdurar pelo futuro”, disse Wang. “À medida que nos condoemos com a sua perda, a ciência continuará a prosperar”.

Os principais marcos científicos firmados pelo cientista incluem teorias sobre as condições extremas dos buracos negros e da sua capacidade de emissão de partículas e radiação térmica a ritmos lentos nas suas extremidades. Esta teoria viria a ser apelidada de “Radiação Hawking”.

Esta teoria, juntamente com a teoria da relatividade de Einstein são ambas fundamentais para a física moderna.