Beijing, 9 mar (Xinhua) -- Um alto oficial militar chinês defendeu o proposto aumento do orçamento anual de defesa nacional da China ante uma nova rodada da "teoria da ameaça da China".
Se um país é ou não uma ameaça para outros não se determina por sua força nacional e suas forças armadas, mas sim pela política que adota, declarou o tenente-geral He Lei, vice-chefe da Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular (ELP).
O tenente-geral fez as declarações em uma entrevista coletiva realizada à margem da sessão anual da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN).
"A China segue sempre o caminho do desenvolvimento pacífico e se dedica a uma política de defesa nacional de natureza defensiva", assinalou He, que também é representante da APN.
No entanto, o desenvolvimento da China não representa uma ameaça para nenhum outro país, disse He, enfatizando que a China nunca procurará a hegemonia nem expansão, independentemente da etapa de desenvolvimento em que estiver.
Além disso, nunca participará de uma "corrida armamentista" com nenhum outro país, reiterou o oficial militar.
A China planeja aumentar seu orçamento de defesa nacional em 8,1% para 1,11 trilhão de yuans (US$ 175 bilhões) em 2018, de acordo com um relatório de orçamento apresentado na segunda-feira na sessão da APN.
O orçamento é objetivo, autêntico e transparente, afirmou He, acrescentando que o aumento é legítimo e prudente.
Além disso, ele explicou que a grande parte das crescentes despesas é para a atualização dos equipamentos, apoiar as reformas militares e melhoria das condições de treinamento e bem-estar dos membros do exército.
Propagar a "teoria da ameaça da China" é uma velha artimanha para provocar a confrontação entre a China e seus vizinhos, disse He.