Kunming, 7 mar (Xinhua) -- Cientistas chineses descobriram que a LTRIN, uma proteína obtida das glândulas salivais do mosquito Aedes aegypti, facilita a transmissão do vírus da Zika.
Pesquisadores do Instituto de Zoologia de Kunming, da Academia Chinesa de Ciências, disseram que a descoberta oferece uma potencial estratégia terapêutica para reduzir a transmissão.
A LTRIN modula a resposta do organismo à picada do mosquito, o que aumenta o risco de contágio, segundo Jin Lin, pesquisador do instituto e autor do artigo publicado na segunda-feira na revista Nature Immunology.
"Com a descoberta, pode ser utilizado um anticorpo para a proteína em grupos suscetíveis para diminuir a possibilidade de infecção", disse Lai Ren, outro pesquisador do instituto.
Identificado na década de 1940 na África, a Zika é transmitida principalmente por mosquito. Pode passar durante a gestação e causar microcefalia nos fetos.
Desde 2015, o vírus da Zika afetou mais de 60 países. A epidemia obrigou a Organização Mundial da Saúde a emitir um alerta em dezembro de 2015.
Atualmente não há vacinas ou tratamentos contra a doença.