LONDRES, 2 de fev (Diário do Povo Online) - As marcas chinesas estão cada vez mais globais, tendo o seu crescimento se tornado numa história notável, disse David Haigh, CEO da firma de pesquisa de mercado britânica “Brand Finance” à Xinhua na quinta-feira.

De acordo com um relatório divulgado na quinta-feira pela firma supracitada, as marcas com crescimento mais acelerado são chinesas. Wiliangye, uma marca chinesa de licor aromático, cresceu uns impressionantes 161% anualmente para os 14.6 bilhões de dólares, escalando da 184ª posição para a centésima.

O Banco Industrial e Comercial da China é a única marca chinesa na lista das 10 marcas mais valiosas, com um valor de 59.1 bilhões de dólares americanos, 24% a mais que o ano transato, de acordo com o relatório.

As tecnológicas chinesas também apresentam um elevado crescimento, com o Alibaba(12º), Tencent (21º), WeChat (49º), Baidu (57º), JD (65º), e NetEase (121º), a escalarem uma média de 67% anualmente.

Desde 2008, a fatia ocupada pela China no ranking mundial de marcas subiu dos 3% para os 15%, crescendo 911,5 bilhões de dólares em 2018, segundo o relatório.

“No século XIX, o Reino Unido dominava a manufatura mundial e, na época, as marcas inglesas eram as mais famosas. No século XX, os manufatureiros americanos dominaram o mundo, bem como as suas marcas. No século XXI, a China é o centro do universo manufatureiro, estando as marcas chinesas cada vez mais globais”, disse Haigh.

Marcas chinesas como a Huawei, Ping An, State Grid, Evergrande, ICBC, Yili, Haval, Wuliangye, entre outras, “estão agora sendo reconhecidas mundialmente como marcas de qualidade”, disse Haigh. “Esperamos testemunhar um desenvolvimento rápido em cada vez mais setores”.

“O governo chinês está definitivamente a fazer o que tem de fazer. Está a apoiar fortemente a ideia de criação de propriedade intelectual”, disse Haigh.

O relatório da Brand Finance disse ainda que a Amazon é a marca mais valiosa do mundo, com o seu valor a aumentar em 42% em termos anuais, para uns impressionantes 150.8 bilhões de dólares, seguida da Apple, Google, Samsung e Facebook.