Marcas chinesas procuram saída para obstáculos culturais no exterior

Fonte: Xinhua    07.12.2016 13h33

Beijing, 7 dez (Xinhua) -- De produtores de eletrônicos a empreiteiros ferroviários, as empresas chinesas enfrentam um grande problema ao promover suas marcas no exterior.

A Lenovo, um dos símbolos comerciais mais influentes da China, superou a HP como o maior fabricante de computadores pessoais do mundo, em parte por aquisições de companhias estrangeiras, mas seus executivos permanecem em alerta.

"Para uma empresa nacional ávida por se expandir, o maior desafio vem de diferenças culturais que não podem ser solucionadas por aquisições. É crucial se integrar à comunidade, falar o mesmo idioma e compartilhar os mesmos valores", disse Wang Chuandong, vice-presidente e diretor-chefe de marketing da Lenovo China.

A empresa de consultoria Interbrand, de Nova York, classificou a Lenovo como a 99ª marca mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 4 bilhões. A HP, porém, está no 48º lugar com o dobro do valor da Lenovo. A outra companhia chinesa no topo 100 é Huawei, uma crescente estrela tecnológica.

"Nós temos 65 mil funcionários no mundo, sendo que quase 30 mil não são chineses. A americana Yolanda Lee Conyers é nossa diretora-chefe de diversidade. Nosso CEO Yang Yuanqing trabalhou e viveu nos Estados Unidos por muitos anos. Isso melhora a coesão mundial dentro do grupo", opinou Wang.

As companhias chinesas devem levar em consideração os costumes e benefícios locais para ganhar corações locais, aconselhou Paul Haenle, diretor do Centro Carnegie-Tsinghua para Política Mundial, em Beijing.

O fabricante de material rodante CRRC dá um bom exemplo de criar um laço com as pessoas locais quando renovou uma antiga base industrial e construiu novas fábricas em Springfield, Massachusetts.

"Existia um prédio antigo que deveria ser derrubado, mas descobrimos que ele tinha uma história de mais de 100 anos e testemunhou a industrialização da região e que as pessoas tinham um laço sentimental com ele", lembrou Li Min, executivo de marketing da CRRC.

A companhia preservou e renovou a estrutura e a tornou um edifício de escritórios, recebendo muito elogio dos locais.

A ação melhorou uma recepção um pouco fria para a CRRC nos Estados Unidos e, em março, a companhia recebeu uma encomenda bilionária de 850 vagões para Chicago, seu maior negócio em um país desenvolvido.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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