As autoridades na China responderam à transmissão de um documentário de 110 minutos no Japão, no qual são detalhadas as atrocidades cometidas pela Unidade 731 do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial.
Através de um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o Japão deve encarar e refletir sobre a sua história belicista, tendo em conta os sentimentos do povo chinês, bem como das outras nações asiáticas que foram afetadas durante a guerra.
O documentário, transmitido a 21 de janeiro de 2018, na televisão pública japonesa NHK, detalhou as experiências levadas a cabo em seres humanos, bem como as pesquisas de guerra biológica empreendidas pela Unidade 731, na época sediada na atual província chinesa de Heilongjiang.
O programa inclui também gravações de voz e detalhes de depoimentos de membros da famigerada unidade nos Julgamentos de Crimes de Guerra de Khabarovsk, em 1949.
“Unidade 731 – Como Foram Perpetradas as Experiências em Seres Humanos”, detalha algumas das violações à integridade, como forçar as vítimas a comer melões contaminados com bactéria da febre tifóide, bem como testes de outros agentes biológicos.
O documentário detalha também como estudantes de medicina das universidades japonesas, como a Universidade de Tóquio e Universidade de Quioto, eram alistados na Unidade 731 para realizarem investigações no âmbito da guerra biológica, tendo sido avisados para não revelarem nada sobre o estava decorrendo.
Este é o segundo documentário transmitido pela NHK em torno das atrocidades da Unidade 731.
O primeiro, intitulado “A Verdade da Unidade 731 de Harbin”, foi para exibido em agosto de 2017.