BEIJING, 9 de jan (Diário do Povo Online) - Cientistas chineses rejeitaram na segunda-feira os rumores de possíveis perigos causados pela estação espacial chinesa aposentada Tiangong-1, dizendo que a maioria dos seus componentes se incinerarão seguramente quando voltar a entrar na órbita Terrestre, não representando nenhuma ameaça para a normal atividade no globo.
“Estamos acompanhando as movimentações do Tiangong-1. O laboratório espacial pode regressar à Terra no primeiro semestre de 2018, sendo que a maioria dos seus componentes entrará em combustão durante o regresso. O que resta do laboratório espacial cairá no oceano, sem causar danos na superfície da Terra”, disse Zhu Congpeng, designer chefe do laboratório espacial Tiangong-2, ao jornal Science and Technology Daily.
As afimrações são a última resposta da China face aos rumores de que a estação espacial aposentada poderia se tornar uma ameaça ambiental para a Terra. Vários meios de comunicação ocidentais, incluindo a CNN e o Guardian, disseram que o laboratório espacial estaria "fora de controle" e que peças com um peso de 100 kg poderão cair na superfície da Terra aleatoriamente quando o laboratório espacial se desintegrar.
Especialistas e engenheiros chineses rejeitaram os rumores, apontando que a China detém uma vasta experiência no controle e reciclagem de naves espaciais.
"Ao contrário de uma nave espacial reutilizável, a estação espacial tem que queimar o máximo possível ao entrar na atmosfera em uma descida controlada. Em comparação com a Mir, a estação espacial russa de 20 toneladas, que regressou em segurança à Terra em 2001, quase todo o Tiangong-1 de 8,5 toneladas irá auto incinerar-se”, disse o especialista espacial Pang Zhihao.
As autoridades chinesas garantiram acompanhar com atenção a reentrada do Tiangong-1 na terra.
De acordo com uma nota enviada à ONU em maio de 2017 pela Missão Permanente da China na ONU, as autoridades chinesas reiteraram que a probabilidade da reentrada causar danos a aviões e comprometer a normal atividade na Terra é muito baixa, comprometendo-se a publicar regularmente informações sobre os desenvolvimentos em torno da questão em chinês e inglês.
De acordo com estatísticas divulgadas recentemente pelo gabinete de engenharia espacial tripulada da China no seu endereço oficial, o Tiangong-1 funcionou a uma altura de 286,5 km entre os dias 17 a 24 de dezembro de 2017, sem quaisquer anomalias.