WASHINGTON, 20 de dez (Diário do Povo Online) - O Banco Mundial aumentou as perspetivas de crescimento da China em 2017 de 6.7% para 6.8%, com base no aumento dos rendimentos familiares e nas melhorias na demanda externa, de acordo com o seu último relatório, publicado na terça-feira.
Trata-se da segunda revisão em alta realizada pelo banco para a China, após uma primeira, de abril, que indicava um aumento de 6.5 para 6.7 pontos percentuais.
“A China tem mantido a resiliência do seu crescimento e mantido a tendência reformista, as quais são acompanhadas por um conjunto de medidas destinadas a reduzir os desequilíbrios macroeconômicos e limitar os riscos financeiros sem um impacto considerável no crescimento, disse John Litwach, economista-chefe do Banco Mundial para a China.
“Como resultado, o reequilíbrio econômico foi potenciado. O crescimento dos rendimentos domésticos e o consumo aceleraram relativamente ao investimento”.
Litwatch frisou o fato das exportações líquidas terem voltado a dar um contributo positivo ao crescimento, da confiança no mundo dos negócios ter aumentado, da criação de emprego continuar dinâmica, da saída de capital ter estabilizado e do RMB ter valorizado face ao dólar americano.
O banco estima que o crescimento do PIB chinês desacelere para 6.4% em 2018 e 6.3% em 2019, principalmente devido à compressão imposta pelas políticas domésticas.
“Uma política monetária prudente, uma regulação austera do setor financeiro, esforços continuados do governo para restruturar a economia são esperados para contribuir para a moderação do crescimento”, refere o relatório.
“Condições econômicas favoráveis tornam esta uma altura particularmente oportuna para dar continuidade à redução de vulnerabilidades macroeconômicas que busquem uma maior qualidade, maior eficiência, justiça, e um desenvolvimento mais sustentável”, disse Elitza Mileva, economista do Banco Mundial e co-autora do relatório.
Por fim, o relatório salienta que o sucesso na implementação de reformas no orçamento governamental e no sistema de pensões da China eram críticas para a estabilidade macroeconômica, reequilíbrio econômico e transformação social do país nos próximos anos.