BEIJING, 23 de nov (Diário do Povo Online) - Beijing reafirmou a sua oposição a uma "jurisdição de longo alcance" depois que Washington impôs sanções, na terça-feira, contra três empresas e uma pessoa chinesas por realizarem atividades comerciais com Pyongyang.
"A China sempre seguiu e implementou todas as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e os nossos esforços são óbvios para todos", reiterou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, na quarta-feira.
No total, uma pessoa, 13 entidades comerciais e 20 navios de vários países foram sancionados pelo Departamento do Tesouro dos EUA, sendo acusados de negociar com a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) no valor de centenas de milhões de dólares, segundo o comunicado.
"Somos contra às ações de um determinado país, em levar a cabo sanções unilaterais e uma jurisdição de longo alcance de acordo com as suas próprias leis domésticas", reforçou Lu durante em uma coletiva de imprensa em Beijing, acrescentando que os Estados Unidos têm conhecimento da posição chinesa.
Os oficiais americanos anunciaram a decisão, um dia depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, colocou a RPDC na lista de patrocinadores do terrorismo.
Lu disse também que a China examinará quaisquer cidadãos e entidades que realizem atividades no território chinês em violação das leis nacionais chinesas, bem como as obrigações internacionais do país.
"Se outros países tiverem informações e estiverem dispostos a cooperar com a China, eles poderão compartilhar as informações connosco e resolver adequadamente o problema", afirmou.
Da Zhigang, diretor do Instituto de Estudos do Nordeste Asiático na Academia de Ciências Sociais de Heilongjiang, disse: "Isso é contraditório ao sinal que Washington enviou anteriormente e não ajudará com a questão".