Por Zhang Niansheng, Wu Lejun, Gao Shi, Zheng Qi
“O sol tem brilhado muito mais e sob uma base mais ampla, o que significa que a economia está em recuperação”, disse a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, durante as reuniões anuais do FMI com o Banco Mundial, em Washington, na quinta-feira (12).
"Os ministros das finanças e os líderes devem agora inspecionar o telhado, porque é muito mais fácil consertar o telhado quando o sol brilha", reiterou lagarde ao Diário do Povo, em uma entrevista, na quinta-feira.
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, aceitou uma entrevista exclusiva com o Diário do Povo durante as reuniões anuais do FMI com o Banco Mundial, em Washington, na quinta-feira.
Os telhados devem ser consertados quando o sol brilha
Não devemos esperar que a chuva caia, disse Lagarde, lembrando que cada país deve cuidar da sua própria situação. Alguns países precisarão cuidar do sistema bancário, outros, terão de aliviar ou apertar as políticas comerciais, dependendo da inflação. Para todos os países, talvez sejam necessárias reformas estruturais a fim de facilitar a expansão da economia a longo prazo. Para aqueles cuja dívida é muito elevada, devem procurar consolidação. Cada país deve olhar para si próprio e determinar o que deve ser feito agora mesmo, reforçou.
A taxa de crescimento da China é impressionante, ressaltou, "a conversão da economia significa menos indústria e mais serviços; menos investimento e mais consumo; toda essa transição é bem-vinda e excelente".
"A reforma já está em andamento, diríamos, ‘por favor, acelerem, será bem conseguida’", disse Lagarde.
Aviversário da adesão do Renminbi ao cabaz dos Direitos Especiais de Saque
Uma vez que a moeda chinesa, o renminbi, se juntou ao cabaz dos Direitos Especiais de Saque (SDR em inglês) do FMI (SDR) há um ano, Lagarde desejou também um feliz aniversário ao renminbi.
"Eu diria que foi um momento histórico”, afirmou, denotando que continuará a encorajar a internacionalização do renminbi. E, como a economia chinesa ainda está em crescimento, a moeda será certamente mais frequentemente usada, o que aumentará o papel de liderança da China no mundo, acrescentou.
Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, aceitou uma entrevista exclusiva com o Diário do Povo durante as reuniões anuais do FMI com o Banco Mundial, em Washington, na quinta-feira.
O próximo Zuckerberg poderá ser chinês
O próximo Mark Zuckberg poderá eventualmente ser chinês, isto sem mencionar que a China já tem o Jack Ma, disse Lagarde.
A China tem uma séria estratégia de investimento na inteligência artificial e novas tecnologias do mundo digital. Com criatividade e mercados abertos, o bom investimento pode ser feito no sentido de apoiar a transformação de ideias em prática, acrescentou.
Presidente Xi Jinping sempre me chamou de “velha amiga da China”
"O presidente Xi Jinping sempre me chamou de ‘velha amiga da China’", relembrou Lagarde, acrescentando que está muito impressionada com a transformação da China, bem como com a determinação do país na transição de modelo de desenvolvimento.
Muitas pessoas na China foram retiradas da pobreza, tendo agora rendimentos mínimos a médios, “é simplesmente incrível”, expressou.
Lagarde reforçou que é necessário continuar as reformas, adicionando que a liderança no mundo também significa responsabilidade e cuidar dos outros.
Todo o mundo assistirá ao 19º Congresso Nacional do PCCh
Lagarde enviou os votos de sucesso para o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), descrevendo-o como um "evento mágico" da perspetiva chinesa.
É um momento de mudança e determinação estratégica. "Eu acho que o mundo vai prestar cada vez mais atenção ao tamanho da China, os papéis que ela desempenha. Toda a gente irá assistir ao congresso", concluiu.
