BEIJING, 13 de out (Diário do Povo Online) - Após introduzir a política do segundo filho em 2016, a China tem vindo a ajustar constantemente as medidas de apoio, por forma a lidar com os resultados.
Embora o número de mulheres em idade fértil tenha diminuído, o número de recém-nascidos cresceu visivelmente após a implementação da política do segundo filho.
Em 2016, o número de nascimentos foi de 18,46 milhões, o maior nível desde 2000, do qual 45% são segundo filho, 10% superior aos números registrados em 2013.
"A China não carece de população, não nas próximas décadas, nem em 100 anos", disse Wang Peian, vice-chefe da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar.
No entanto, a China precisa resolver os problemas relacionados com o desaparecimento do dividendo demográfico da China, a taxa de fertilidade demasiado baixa, o envelhecimento da população e o desequilíbrio do rácio de sexos à nascença, acrescentou.
Para enfrentá-los, o país tem fortalecido continuamente a sua política de planejamento familiar, tendo conseguido várias mudanças positivas. Em 2016, a taxa de fertilidade total aumentou em 1,7.
"O ajuste da política de planejamento familiar foi bem recebido entre os chineses", afirmou Ma Li, conselheiro do Conselho de Estado.
Ma reforçou que, aumentar a taxa de natalidade e a proporção de jovens na sociedade são fundamentais para aumentar a vitalidade e a inovação.
Prevendo que um baby boom aconteça em 2017 e 2018, Ma enfatizou a necessidade de fortalecer as políticas de apoio, como a redução dos custos de educação infantil.
A Comissão de Saúde e Planejamento Familiar informou que adicionará 89 mil camas nas maternidades até 2020, por forma a ajudar os hospitais a lidar com a demanda resultante da política do segundo filho.
De acordo com as estatísticas, a China atribuiu 2,91 bilhões de yuans (US $ 440 milhões) em 2016 para a construção de maternidades e instituições de assistência à infância, 45 estabelecidas em cidades e 202 em municípios.
Em 2016, o número de jardins-de-infância atingiu 240 mil, um aumento de 59 mil vagas em comparação com 2012.
Além disso, um total de 31 regiões provinciais prolongaram a licença de maternidade desde a introdução da política, uma medida aplaudida pelas novas mães em todo o país.