Cidadã alemã é examinada em um hospital privado em Shanghai. O sistema de saúde existente da China está aberto a investidores estrangeiros.
Os hospitais privados financiados por investidores estrangeiros complementarão o sistema de saúde já existente da China, oferecendo operações cirúrgicas mais complicadas e serviços médicos de alta qualidade, desenvolvendo ainda mais as formas como o investimento direto estrangeiro (IDE) é usado no país.
O número de hospitais privados na China ultrapassou os 17 mil na primeira metade deste ano, representando 57,5% do total em todo o país, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar.
O Delta-Health, com sede em Shanghai, financiado pela Eight Roads Ventures, é um desses hospitais privados.
Celebrando o seu primeiro aniversário na China, o Delta-Health sugere que os hospitais privados têm muito potencial para funcionar como uma opção alternativa, tanto para pacientes como para médicos e profissionais, em um mercado que ainda é dominado por hospitais públicos.
Para David Hoidal, chefe-diretor de operações do Delta-Health, a principal competitividade dos hospitais privados assenta nos seus equipamentos avançados, salários competitivos para profissionais, crescimento de carreira atraente e serviços de ciclo completo para os pacientes.
"Como um parceiro importante da Columbia HeartSource na China, podemos oferecer uma chance de conhecimento para médicos e enfermeiros sobre as descobertas médicas mais avançadas, permitindo obter experiência de classe mundial e conhecimento proveniente de todo o mundo", afirmou Hoidal.
"Eu acho que um ambiente puro para desenvolvimento e aprendizagem dos médicos é crucial", defende Desmond Thio, chefe-diretor executivo do Delta-Health. "Dentro de um ambiente privado, eles podem apenas fazer o que precisam fazer sem mais preocupações sobre seus meios de subsistência".
Para os pacientes, os hospitais privados fornecem pós-atendimento completo pós-cirurgia, reforçou Hoidal.
Em vez da hostilidade, os hospitais privados e públicos deveriam trabalhar de forma eficiente e formar um relacionamento colaborativo saudável, avançou.
"No passado, hospedamos seminários acadêmicos, fóruns com médicos estabelecidos, convidando vários hospitais públicos a se juntarem a nós", revelou Hoidal. "Eu acredito que, no futuro, quando o setor privado começar gradualmente a crescer, os hospitais públicos também mostrarão interesse no modo de funcionamento do setor privado”.
No ano passado, o governo chinês divulgou "Healthy China 2030", um plano que abrange áreas como serviços públicos de saúde, indústria médica e segurança alimentar e de drogas, com o objetivo de melhorar a saúde do povo chinês.
Thio acha que o futuro é promissor para os hospitais privados na China. "Este é um país gigante, e Shanghai é bastante grande, com uma população de mais de 26 milhões. Um hospital cardíaco não pode atender à demanda local, imaginemos o cenário para Beijing, Guangzhou, Shenzhen e Hangzhou".