O líder da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Jong Un, encarregou a nação de avançar com a produção de mísseis nucleares apesar das várias sanções da ONU, informou no domingo a Agência Central de Notícias da Coreia (ACNC).
Na Segunda Sessão Plenária do 7º Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, realizada em Pyongyang no sábado, Kim justificou o desenvolvimento de programas nucleares e de mísseis como o único meio de defesa contra a “prolongada ameaça nuclear" dos Estados Unidos.
"Kim declarou solenemente: ‘as armas nucleares da RPDC são um valioso fruto da sangrenta luta do seu povo para defender o destino e a soberania do país das prolongadas ameaças nucleares dos imperialistas norte-americanos. E são uma poderosa garantia dissuasiva de salvaguarda da paz e segurança na Península da Coreia e no Nordeste da Ásia’", pode ler-se na reportagem.
Kim acusou os Estados Unidos de "fazer esforços desesperados para sufocar completamente a soberania e os direitos de existência e desenvolvimento da RPDC, preparando sanção atrás de sanção com Conselho de Segurança da ONU (UNSC)”.
O líder acrescentou que a ciência e a tecnologia do país "deram grandes passos e a economia nacional cresceu em força durante este ano, apesar das escaladas sanções dos imperialistas americanos e suas forças vassalas".
"O Presidente (Kim) afirmou que a situação prevalecente e a realidade mostram que o nosso Partido (Partido dos Trabalhadores da Coreia) estava completamente certo quando avançou dinamicamente ao longo da estrada socialista do ‘juche’, impulsionando simultaneamente a construção econômica e a construção da força nuclear. O nosso Partido deve manter este camimho no futuro também", lê-se no artigo da ACNC.
Juche, que significa autossuficiência em coreano, é uma ideologia na RPDC para alcançar a independência absoluta em assuntos políticos, econômicos, militares e internacionais.
Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou no sábado uma nova ameaça à RPDC afirmando, através de uma série de postagens do Twitter, que "apenas uma coisa funcionará" com o país asiático, apesar de não revelar detalhes.
O UNSC emitiu uma série de sanções contra a RPDC para conter os programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis.
A última rodada de sanções foi imposta após a realização do sexto e mais poderoso teste nuclear da RPDC, a 3 de setembro. Em resposta, a RPDC testou um míssil balístico de alcance intermediário que voou sobre o Japão.