Beijing, 9 jun (Xinhua) -- A China subiu em 2016 para a segunda maior fonte mundial do investimento direto estrangeiro (IDE) para o exterior, a primeira vez para o país, mostrou um relatório divulgado quinta-feira.
O IDE feito pela China para o exterior aumentou 44% em termos anuais para US$ 183 bilhões no ano passado, graças ao salto nas fusões e aquisições transfronteiriças pelas empresas chinesas, segundo o Relatório de Investimento Mundial 2017.
O relatório foi divulgado em conjunto pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e Academia Chinesa para Cooperação Comercial e Econômica Internacional sob o Ministério do Comércio.
Os Estados Unidos permaneceram o maior investidor mundial, enquanto a Holanda esteve no terceiro lugar.
Em 2016, o IDE feito pela China para exterior foi 36% mais que a quantia recebida pelo país, segundo o relatório.
O país permaneceu o maior investidor nos países menos desenvolvidos, muito à frente da França e dos Estados Unidos.
Apesar de um declínio de 15% no influxo de IDE para o mundo em desenvolvimento na Ásia, a China permaneceu o terceiro maior recipiente de IDE em 2016, atrás dos Estados Unidos e Grã-Bretanha, com influxo caindo 1% em termos anuais para US$ 134 bilhões.
James Zhan, diretor da divisão de investimento e empresa da UNCTAD, disse que o investimento externo feito pela China ficará em um nível alto, à medida em que o país impulsiona o desenvolvimento do Cinturão e Rota e cooperação em capacidade industrial internacional.
Porém, o investimento do país para o exterior precisa da melhora em qualidade e pode enfrentar desafios de protecionismo, advertiu Zhan.
No âmbito mundial, o fluxo do IDE caiu 2% para US$ 1,75 trilhão em 2016, segundo o relatório.
Previu uma recuperação modesta no fluxo do IDE mundial em 2017, que deve aumentar 5% para US$ 1,8 trilhão.