Especial: Polícia Federal prende o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Arthur Nuzman

Fonte: Xinhua    07.10.2017 10h12

Rio de Janeiro, 6 out (Xinhua) -- Há pouco mais de um ano, o orgulhoso presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Rio de Janeiro 2016, Carlos Arthur Nuzman, declarou para uma plateia planetária calculada em 2 bilhões de espectadores, que assistia à cerimônia de inauguração do evento no lendário estádio Maracanã: "O melhor lugar do mundo é aqui, agora".

Na quinta-feira, Nuzman, o dirigente esportivo que comanda há 22 anos a principal entidade olímpica do país e que finalmente tinha conseguido converter em realidade o sonho, quase uma obsessão, de trazer os Jogos para o Rio, não poderá repetir a frase: dormirá em uma cela da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio, por ironia, em um colchão que fazia parte do mobiliário utilizado pelos atletas durante os Jogos Olímpicos.

Nuzman foi preso no começo da manhã, em sua casa no exclusivo bairro do Leblon, zona sul da cidade, por agentes da Polícia Federal em uma operação batizada de Unfair Play-Segundo Tempo. De acordo com o delegado Antônio Beaubrun, que acordou Nuzman, ele tomou um susto e perguntou: "De novo? De novo?".

A operação deflagrada na quinta-feira, que também incluiu a prisão de Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do Comitê Rio 2016 e braço direito de Nuzman, é uma continuação da investigação sobre a suposta trama de compra de votos para favorecer a eleição do Rio de Janeiro como sede olímpica, ocorrida em 2009 e que seria comandada pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, preso por corrupção desde novembro passado.


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(Web editor: 张睿, editor)

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