A China anunciou que irá limitar a população de Beijing a 23 milhões de pessoas até 2020, construindo uma nova área urbana de alto nível nas proximidade da capital.
De acordo com os especialistas, a relocação irá transferir as funções não-capitais para as regiões vizinhas.
“A escala da cidade deve ser controlada”, reiterou o Conselho de Estado, em resposta ao Plano Geral da Região Urbana de Beijing (2016-2035) na quarta-feira, instando a cidade a limitar a população em 23 milhões até 2020, número que deve ser mantido nos anos seguintes, avançou ontem a Agência Xinhua.
O relatório aponta que a população permanente de Beijing era de 21,7 milhões do final do ano passado.
“Devemos defender as três linhas vermelhas – população, ecologia e exploração urbana”, acrescenta, frisando que o sistema de gerenciamento de água mais rigoroso deve ser implementado por forma a garantir a segurança de abastecimento de água da capital.
“A população de Beijing vem aumentando gradualmente. Estabelecer uma meta significa permitir a entrada na cidade a mais um milhão de pessoas”, referiu Niu Fengrui, um pesquisador do Instituto para Estudos Urbanos e Ambientais da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
“A limitação da população será conseguida através da transferência das funções não-capitais para fora da cidade, de modo a reter o papel de Beijing como centro político e de comunicação internacional, pelo reforço gradual das suas funções como o centro de cultura e inovação”, afirmou, acrescentando que as áreas próximas, como Tianjin e Hebei, podem assumir essas funções e desenvolvê-las juntamente com Beijing.
Foi ainda enfatizado o desenvolvimento sinérgico da região Beijing-Tianjin-Hebei, apelando à construção da uma área urbana de alto nível, tendo Beijing como o núcleo.