Rio de Janeiro, 21 set (Xinhua) -- A nova procuradora-geral do Brasil, Raquel Dodge, assumiu o cargo na segunda-feira com o legado de assumir um processo legal contra o presidente Michel Temer, que a nomeou.
Dodge, a primeira mulher a ter sido nomeada como procuradora-geral do Brasil, sucedeu a Rodrigo Janot, que apresentou acusações de obstrução de justiça e associações criminais contra o presidente Michel Temer no último dia do seu escritório na última sexta-feira.
De acordo com a legislação brasileira, a Câmara dos Deputados analisará as acusações para decidir se as admite. Se as acusações forem admitidas, o presidente será imediatamente suspenso e ficará aguardando julgamento. Caso contrário, as acusações serão arquivadas até o final do seu mandato presidencial.
Dodge terá agora que lidar com as acusações e pode, eventualmente, lidar com o julgamento do presidente. Em seu discurso de posse, Dodge disse que o Ministério Público "tem o dever de exigir que aqueles que lidam com despesas públicas o façam de maneira sincera e eficiente".
"O Ministério Público tem o dever de promover a justiça e a democracia, observar o bem comum e o meio ambiente, dar voz aos que não a têm e garantir que ninguém esteja acima ou abaixo da lei," disse ela.