Por Xie Yahong, Diário do Povo; Deng Jie, Diário do Povo Online
“A China se encontra explorando ativamente o mecanismo do ‘BRICS+’ e impulsionando o diálogo entre as economias emergentes e os países em desenvolvimento, e isso deve ser apoiado. Acredito que esta cúpula tem um valor e significado especiais para a união e cooperação dos países do BRICS. Ela representa uma plataforma importante de promoção da cooperação construtiva de benefício mútuo, que ajudará vários países a enfrentarem os novos desafios da globalização e a realizarem um desenvolvimento socioeconômico pacífico, seguro e estável”, disse o presidente tadjique, Emomali Rahmon, em uma entrevista concedida recentemente ao Diário do Povo.
Segundo o presidente, os países do BRICS atravessam uma fase de desenvolvimento econômico contínuo e possuem amplos recursos culturais. A participação do Tadjiquistão nessa cúpula tem um importante significado para o país e o seu povo.
“O mecanismo de cooperação do BRICS trará diversas oportunidades e fortalecerá a cooperação de benefício mútuo entre a China e o Tadjiquistão. Ele aumentará as relações comerciais e de investimento, garantirá o desenvolvimento estável do país e beneficiará os povos das duas nações. Além disso, a colaboração das duas partes no âmbito do BRICS, promoverá a concretização conjunta de alguns planos e projetos de cooperação”, disse Rahmon.
Xi Jinping reuniu-se no dia 31 de agosto com o seu homólogo tadjique, Emomali Rahmon. Ambos os líderes concordaram no estabelecimento de relações de parceria estratégica bilateral abrangente.
Rahmon afirmou que a confiança política e a cooperação entre os dois países atingiu um nível sem precedentes. De acordo com Rahmon, a visita do presidente Xi ao seu país em setembro de 2014 contribuiu para o reforço da cooperação plena e pragmática entre ambas partes, “correspondendo aos interesses dos dois povos e à demanda de desenvolvimento pacífico e estável em toda a região.”
O recente encontro com presidente Xi “aprofundou as relações bilaterais e ampliou a cooperação dos dois países em áreas como finanças, agricultura, engenharia hidráulica, capacidade de produção, energia, parques de ciência e tecnologia, interligação de transportes, entre outras,” disse Rahmon.
O Tadjiquistão tem vindo a apoiar desde início a iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”, tendo sido um dos primeiros países a assinarem memorandos de cooperação de construção conjunta do Cinturão Econômico da Rota da Seda com a China.
Segundo Rahmon, o Tadjiquistão promoverá o acoplamento da inciativa “Um Cinturão e Uma Rota” com a estratégia estatal do desenvolvimento do seu país antes de 2030. “Sem dúvida, isto irá impulsionar a nossa interligação e prosperidade comum. Atualmente, estamos estudando a viabilidade de uma série de grandes projetos de construção de infraestruturas com diversos parceiros internacionais e acelerando a construção de instalações de transporte, incluindo estradas modernos. O Tadjiquistão tornar-se-á uma ponte de interligação entre a China e outros países.”
Rahmon apontou ainda que “as forças do separatismo étnico, extremismo religioso e terrorismo violento”, tráfico de drogas, crime cibernético e crime organizado transfronteiriço são ameaças para a segurança e estabilidade da China, Tadjiquistão e de toda a região. “Iremos continuar a ampliar a cooperação de defesa bilateral e multilateral, bem como reforçar os intercâmbios práticos nos setores de visitas mútuas de delegações, treinamento de quadros, operações conjuntas de anti-terrorismo, entre outros,” acrescentou o presidente.