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Presidente egípcio: Contributo do BRICS não pode ser colocado em segundo plano

Fonte: Diário do Povo Online    04.09.2017 11h09

Por Han Xiaoming, Diário do Povo

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, participante da 9ª Cúpula do BRICS, afirmou este domingo, em uma entrevista do Diário do Povo, que o Egipto pretende continuar o reforço da cooperação com a China, promovendo o desenvolvimento das relações bilaterais em diversos setores, a fim de beneficiar ambos os povos.

Mencionando o fato do PIB dos BRICS ocupar 22% do valor total mundial, al-Sisi destacou o “potencial de desenvolvimento econômico” do seu país, juntamente com a “excelente localização geográfica”, para a cooperação econômica.

O diálogo importante entre o Egito e os BRICS ajudará o conjunto de países a aprofundar a compreensão mútua sobre questões e desafios nos quais os países em desenvolvimento estão envolvidos, abrangendo setores como a política, economia e sociedade, de acordo com o chefe de Estado egípcio. Enquanto parte importante desta cúpula, o Fórum Empresarial do BRICS garante uma oportunidade para que o governo egípcio apresente os resultados das reformas econômicas entretanto levadas a cabo.

Esta visita à China trata-se da quarta visita oficial desde o início do seu mandato. Ao abordar as relações sino-egípcias, al-Sisi asseverou que, desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1956, o relacionamento entre os dois países tem sido um modelo a seguir aos níveis regional e mundial, e que tal resulta da partilha de princípios e posições entre ambas as partes. A longevidade civilizacional de ambas as nações contribuiu para alicerçar a ligação entre os dois povos, segundo o presidente.

Sisi exprimiu a sua vontade de ver esta oportunidade traduzida na promoção da cooperação em vários setores, bem como no impulso da participação de empresas chinesas em construção de infraestruturas no Egito.

O presidente frisou ainda que o seu país detém vantagens especiais na construção da iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota". O Egipto está desenvolvendo o Corredor do Canal do Suez, a fim de construir uma área industrial e econômica avançada, além de apenas um canal.

De acordo com al-Sisi, a colaboração entre os países em desenvolvimento pode abrir caminho para a maximização do intercâmbio de experiências, e à busca de um caminho adequado para a construção humanística, o progresso da produção e a prosperidade econômica. O diálogo entre os países emergentes e em desenvolvimento irá fornecer uma plataforma importante aos vários países para promover a cooperação sul-sul.

Os países em desenvolvimento, devido à situação internacional atual, necessitam de participar mais ativamente no sistema de governança econômica global, apresentando suas visões de desenvolvimento e as condições necessárias para realizá-las, tendo em consideração o desenvolvimento social, o contexto cultural e o caminho de desenvolvimento adotado pelos diferentes países. O sistema de governança econômica global não deve limitar-se aos países desenvolvidos, sublinhou.

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