No seguimento do presidente chinês, Xi Jinping, decretar que a prioridade da Nova Área de Xiongan deve ser a eliminação das funções não-essenciais da capital, um especialista chinês estimou que a capital poderá transferir cerca de 300 mil a 500 mil pessoas para a nova área.

Um relatório recente, publicado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais, sugere que a Nova Área de Xiongan, enquanto novo foco de desenvolvimento ao sul da capital, deveria manter sua população inicial dentro de 1 milhão.

No longo prazo não deveria ultrapassar os 5 milhões, evitando um aumento descontrolado da população e a "doença metropolitana" da qual Beijing padece atualmente.

A maioria das pessoas no distrito urbano da nova área será proveniente das universidades de Beijing, institutos de pesquisa, institutos públicos ou sedes de empresas.

Beijing revelou os acordos de cooperação com a Província de Hebei sobre a construção da Nova Área de Xiongan na segunda-feira (21). De acordo com os acordos, Beijing apoiará a cooperação entre o Parque Científico de Zhongguancun e a Nova Área de Xiongan para construir um novo polo científico e tecnológico em Xiongan.

A construção de infraestruturas de transporte entre Beijing e a área será acelerada, incluindo uma estação ferroviária de alta velocidade, uma ferrovia interurbana e uma via expressa.

Em 2015, Beijing tinha 21,7 milhões de residentes permanentes.

Li Guoping, chefe do Instituto de Desenvolvimento de Beijing da Universidade de Pequim disse que Beijing não tem uma grande pressão para deslocalizar os seus habitantes. Para ele o problema consiste em equilibrar a população em diferentes distritos. Como tal, prevê uma migração de 300 a 500 milhares de pessoas para Xiongan.