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Experiência chinesa é destacada no seminário do BRICS sobre governança

Fonte: Xinhua    18.08.2017 10h22
Experiência chinesa é destacada no seminário do BRICS sobre governança
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Quanzhou, Fujian, 18 ago (Xinhua) -- Mais de 100 acadêmicos, consultores e líderes empresariais se reuniram nesta quinta-feira no sudeste da China para juntar as ideias sobre a governança nos mercados emergentes.

O Seminário do BRICS sobre a Governança foi realizado na Província de Fujian, onde a 9ª Cúpula do BRICS será organizada em cerca de suas semanas com participantes dos membros do bloco BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países como Tanzânia, Casaquistão, Chile, Guiné, Etiópia e México.

Huang Kunming, vice-ministro executivo do Departamento de Comunicação do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), que organizou o seminário, disse que os países do BRICS estão em etapas similares de desenvolvimento e que enfrentam desafios similares. O compartilhamento de experiência sobre a governança pode ajudar os participantes a aprender um com o outro e melhorar o desenvolvimento.

Os membros do BRICS representam cerca de 23% da economia mundial. Eles contribuíram conjuntamente com mais de metade do crescimento global em 2016. O bloco, não com base de ideologia nem geopolítica, é considerado como uma nova e talvez a melhor forma da governança global na qual os mercados emergentes desempenham papéis importantes.

No entanto, nos últimos anos, os membros do BRICS e outros países em desenvolvimento enfrentaram dificuldades e atrasos. A China, mesmo que seu crescimento econômico tenha desacelerado, continua sendo estável e resiliente quando avança para uma sociedade moderadamente próspera antes de 2020.

Justin Lin Yifu, professor da Universidade de Pequim e ex-economista-chefe do Banco Mundial, disse que entre cerca de 200 economias em desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial, apenas duas transiram de economia de baixo rendimento a alto rendimento. A China se tornará na terceira antes de 2025.

Ao compartilhar as descobertas de sua pesquisa, Lin disse que a principal razão pela qual as economia em desenvolvimento permanecem presas no estado de baixo ou médio rendimento é que a maioria delas segue as teorias econômicas do Ocidente, ou estruturalismo ou neoliberalismo, e não consegue manter o equilíbrio entre o mercado e o estado.

O estruturalismo advoga a intervenção excessiva, enquanto o neoliberalismo defende o "laissez faire", segundo Lin.

"O segredo do sucesso da China é seu uso tanto da mão invisível quanto da mão visível", disse Lin. Apenas quando o mercado e o estado desempenharem seus papéis respectivos, a inovação tecnológica e a atualização industrial podem progredir estavelmente, acrescentou.

Robert Kuhn, especialista dos Estados Unidos sobre a China, explicou como os tomadores de decisão chineses usaram as "Quatro Abrangentes", uma estratégia de quatro fontos encaminhada a criar uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, aprofundar a reforma, impulsionar o Estado de direito e fortalecer a governança do Partido, como uma estrutura principal e o plano estratégico para alcançar os objetivos de desenvolvimento.

O diretor do Centro China-Brasil para Pesquisa e Negócios, Ronnie Lins, disse que o modelo de desenvolvimento da China pode servir como um exemplo para os países em desenvolvimento.

Essop Goolam Pahad, editor da revista Thinker da África do Sul, disse que a experiência da China na luta contra a pobreza, por exemplo, dá lições para a África.

A China tirou 700 milhões de pessoas da pobreza durante os últimos 30 anos e visa eliminar a pobreza antes de 2020.


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