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Comércio exterior da China pode crescer em 2017 graças ao BRICS

Fonte: Xinhua    23.08.2017 15h41

Beijing, 23 ago (Xinhua) -- O comércio exterior da China pode voltar a crescer no fechado do ano de 2017 graças ao forte ímpeto do primeiro semestre e às cooperações fortalecidas com parceiros comerciais.

Analistas acreditam que uma recuperação da demanda mundial e a próxima cúpula do BRICS injetarão impulsos ao crescimento do comércio para o resto do ano.

O comércio exterior da China nos primeiros sete meses totalizou 15,46 trilhões de yuans (cerca de US$ 2,3 trilhões), um aumento de 18,5% em termos anuais. A economia viu uma queda de 7% no volume do comércio exterior em 2015 e uma baixa de 0,9% em 2016, devido a fraca demanda no exterior.

Entre janeiro e julho, as exportações aumentaram 14,4% em termos anuais, enquanto as importações cresceram 24%, resultando em um declínio de 14,5% no superavit comercial.

"Como a maioria das principais economias do mundo começou a se recuperar este ano, claramente as demandas de comércio estão melhorando", disse Lian Ping, economista-chefe do Banco de Comunicações.

No importante relatório Perspectivas Econômicas Mundiais em junho, o Banco Mundial previu uma recuperação do crescimento do comércio mundial de 4% em 2017, depois de uma queda de 2,5% no ano passado.

As atividades comerciais com os parceiros do BRICS dão impulso particular ao crescimento do comércio da China este ano, já que as cooperações entre os cinco países em desenvolvimento estão expandindo a um forte passo.

Líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que contribuíram com mais da metade do crescimento mundial em 2016, vão se reunir na China no início do próximo mês para a 9ª Cúpula do BRICS.

Bai Guangyu, um especialista em comércio exterior do Ministério do Comércio, disse que a melhora da estrutura econômica da China ofereceu mais espaço para a cooperação de comércio e investimento entre membros do BRICS.

Nos primeiros sete meses deste ano, o volume comercial da China com o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul cresceram mais de 20% em termos anuais.

Na Província de Fujian, sudeste do país, sede desta cúpula do BRICS, o comércio com os países do BRICS subiram 67,7% para 49,42 bilhões de yuans (US$ 7,42 bilhões) no primeiro semestre.

Em uma reunião realizada em Shanghai no início deste mês, os ministros do Comércio do BRICS alcançaram consenso em vários assuntos, incluindo as cooperações do comércio eletrônico, planos do comércio de serviços, necessidade de transparência de política e elevação da eficiência.

O ministro de Comércio e da Indústria da África do Sul, Rob Davies, ficou impressionado pela decisão de promover a cooperação do comércio eletrônico e esperou que os consumidores chineses possam desfrutar de mais produtos específicos de seu país, como toranja e vinho tinto.

Graças ao rapido crescimento em cooperação do comércio eletrônico e expansão de importações, os produtos dos países do BRICS, como pinhões brasileiros, caramelos russos e artesanatos da Índia, precisam apenas de um clique para que cheguem às mãos dos consumidores chineses.

Os funcionários comerciais do BRICS também expressaram interesses pela Exposição Internacional de Importações e Exportações da China, um evento que será realizado em 2018 e aumentará as importações estrangeiras à China.

Apesar das incertezas como o crescente protecionismo que pode influenciar o crescimento do comércio no resto do ano, economistas são confiantes na visão de todo o ano.

Com a extensão da cooperação comercial com os membros do BRICS e um crescimento econômico mundial estável, a tendência de recuperação no comércio exterior da China deve continuar na segunda metade, e o desempenho para o ano inteiro terá uma condição bem melhor que os anteriores dois anos, segundo Bai.

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