Expetativas em alta para o reforço da cooperação Sul-Sul com o “BRICS Plus”

Fonte: Diário do Povo Online    23.08.2017 10h01

A expansão do BRICS para o “BRICS Plus” é necessária para tornar a organização numa plataforma modelo para a cooperação Sul-Sul, segundo consideram os especialistas chineses após um debate sobre a matéria na segunda-feira.

Durante um colóquio, realizado em Beijing no advento da 9ª cúpula do BRICS, a ser realizada entre 3 e 5 de setembro em Xiamen, em Fujian, Ding Kuisong,o secretário-geral do Centro de Intercâmbio Cultural Internacional da China, referiu que o conceito econômico do BRICS é agora amplamente considerado um modelo para a cooperação Sul-Sul. Portanto, averba como natural que o modelo ultrapasse os 5 países originais.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciou em março que a China iria explorar novas formas de expandir o BRICS e de construir uma parceria mais alargada, ao estabelecer diálogos com outros países em desenvolvimento e organizações.

Atualmente, o grupo dos BRICS é composto por 5 países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os novos membros potenciais incluem o México, Paquistão, e o Sri Lanka, de acordo com o jornal China Daily.

Fu Mengzi, investigador do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, acrescentou que vários países no mundo são agora economias emergentes: da Indonésia à Malásia e Cazaquistão, na Ásia, ao México, na América Latina, e à Turquia, na Europa.

 “Na África, vemos a Etiópia a atravessar uma rápida industrialização. Ali existirão oportunidades para se juntarem à família BRICS”, referiu Fu, acrescentando que a expansão do BRICS deve ser gradual, de modo a garantir os resultados da cooperação a todos os membros.

 “A China tem estado principalmente focada nos países vizinhos e potências emergentes. No passado considerávamos a resolução dos nossos próprios problemas como o nosso contributo para o mundo, o que é verdade, mas agora garantimos um novo caminho rumo à modernização para outros países em desenvolvimento”, disse Huang Ping, diretor do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS).

A organização do colóquio coube ao Instituto Nacional de Estratégia Global (INEG) da (ACCS), Editora Acadêmica de Ciências Sociais, e CICEC. O seminário desvendou também um conjunto de publicações sobre o BRICS, da autoria de acadêmicos chineses e internacionais.

 “O BRICS tornou-se um mecanismo internacional com impacto global, instando o avanço do processo global da governança econômica, ao potenciar o direito à palavra a mercados emergentes e países em desenvolvimento”, disse o secretário-geral do INEG, Wang Linggui.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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