Os líderes dos países integrantes do BRICS irão se reunir na cidade chinesa de Xiamen, no próximo mês de setembro. Em Brasília, o embaixador chinês, Li Jinzhang, afirmou perante a imprensa chinesa que a segunda década de cooperação entre os membros do bloco terá início com a cúpula de Xiamen. Tal cooperação, salienta, contribui para o avanço das relações entre a China e o Brasil.
“Da primeira reunião de chanceleres em 2006 à primeira cúpula do BRICS, em 2009, e, agora, à 9ª edição da última, os BRICS cooperam a cada dia de forma mais profunda e pragmática. Tudo isso faz com que este mecanismo se tenha tornado influente e uma força importante para a promoção do crescimento mundial e da democratização das relações internacionais”, afirmou.
Li disse que os BRICS já estabeleceram 60 mecanismos de cooperação política, econômica e de intercâmbio inter-humano.
Quanto à desaceleração da economia dos países do BRICS, o embaixador frisou que a economia mundial continua atravessando um período de reajuste pós-crise financeira, com um aumento de fatores de instabilidades e incerteza. Contudo, graças à sua abundância de recursos naturais e humanos, vastos mercados domésticos e políticas flexíveis, existe um enorme potencial de crescimento no futuro.
No que diz respeito às relações sino-brasileiras, Li assinalou que no quadro do mecanismo do BRICS, ambos os lados mantêm a colaboração em áreas como: política, economia, comércio, inovação tecnológica, finanças, combate antiterrorismo, agricultura, cultura e educação.
Nos últimos anos, a China e o Brasil têm mantido frequentes trocas de visitas de alto nível, tendo promovido a cooperação econômica e financeira, o intercâmbio inter-humano e consultas ao nível da segurança, de modo a que o bloco possa melhor desempenhar as suas funções de “acelerador” da governança global, “estabilizador” da situação internacional, “propulsor” da cooperação entre países em desenvolvimento e “sensor” do intercâmbio inter-humano.
Para o embaixador, a cúpula em Xiamen será um encontro com o passado e uma abertura ao futuro, onde os líderes dos diferentes membros irão trocar experiências na governança global, construção institucional, entre outros, por forma a impulsionar o mecanismo a um novo patamar.
“Enquanto dois importantes membros do BRICS e maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental, respectivamente, a China e o Brasil estão a caminho de formar uma comunidade de destino e interesse comuns, cuja entreajuda introduzirá um forte ímpeto ao bloco, ” apontou.