Barcelona, 22 ago (Xinhua) -- A polícia espanhola admitiu que ainda "não sabe com precisão" o paradeiro do homem que conduzia a van que matou 13 pessoas e feriu mais de 100 outras pessoas na popular área de Las Ramblas em Barcelona.
A polícia também suspeita que Abdelbaki es Satti, de 45 anos, um imame (pregador do culto islâmico) da cidade de Ripoll, ao norte de Barcelona, era o cérebro da célula terrorista que realizou o ataque em Barcelona na noite de quinta-feira e outro na região balneária catalã de Cambrils horas depois.
Cinco indivíduos atacaram pessoas aleatoriamente na manhã de sexta-feira, em Cambrils, onde uma mulher morreu.
Em meio ao sofrimento persistente, o rei espanhol Felipe VI e a Rainha Leticia participaram de uma missa para a "paz e concórdia" realizada na Basílica da Sagrada Família de Barcelona no domingo, em memória às vítimas dos dois ataques.
BUSCA PELO MOTORISTA CONTINUA
As autoridades são "incapazes de confirmar" a hipótese de que Younes Abouyaaqoub, de nacionalidade marroquina, de 22 anos, era o motorista da van, cujo paradeiro permanece desconhecido, de acordo com Lluís Trapero, um policial catalão.
Até agora, três terroristas foram identificados, acrescentou Trapero.
Satti passou quase dois anos na prisão por conta de tráfico de drogas e foi libertado em janeiro de 2012. Durante sua prisão, foi relatado que ele desenvolveu uma "amizade especial" com Rachid Aglif, que estava cumprindo uma sentença de 18 anos por sua participação no ataque à bomba do trem Atocha em março de 2004, que matou mais de 190 pessoas no sul de Madri.
Satti mudou-se para Ripoll há dois anos e teria passado seu tempo entre sua casa, um apartamento compartilhado de apenas 30 metros quadrados e uma mesquita.
TRAUMA APÓS ATAQUE
Julian Cadman, de 7 anos de idade, com dupla nacionalidade britânica-australiana, foi morto no ataque de Barcelona, a polícia confirmou no domingo. Sua mãe, que foi ferida no ataque, estava em condição crítica mas estável no hospital.
Além das mortes, os dois ataques deixaram cerca de 126 pessoas de 34 nacionalidades diferentes feridas.
O governo espanhol decidiu manter seu nível de alerta antiterrorista no nível quatro, e prometeu reforçar as medidas de segurança, informou o Ministério do Interior no sábado em um comunicado.
Enquanto isso, a policial que atirou e matou quatro terroristas no ataque terrorista em Cambrils está sofrendo "um forte choque emocional," informou El Mundo no domingo.
O relatório disse que a policial feminina se ofereceu para fazer horas extra para ajudar no controle na sequência do massacre de Barcelona que ocorreu horas antes.
As autoridades estão fazendo todo o possível para esconder a identidade da policial, pois acreditam que é fundamental proteger a sua família de possíveis represálias por grupos terroristas. O grupo terrorista do Estado islâmico (ISIS) reivindicou a responsabilidade pelos ataques.
