O novo líder do Kuomintang de Taiwan voltou a reiterar a vigência do princípio de Uma Só China e opôs-se firmemente à “independência de Taiwan” durante a cerimônia inaugural da sua ascensão ao posto e no 20º congresso plenário no domingo, na cidade de Taichung.
“Ao seguirmos as bases do Consenso de 1992, iremos firmemente nos opor à “independência de Taiwan” e promover a cultura chinesa, o respeito mútuo, a tolerância e a manutenção do diálogo através do fórum da economia, cultura e paz”, disse Wu Den-yih durante o seu discurso inaugural.
O Kuomintang irá também mover esforços para melhorar o entendimento entre ambas as partes, explorar o desenvolvimento positivo das relações entre os dois lados do estreito, assegurar a paz e a estabilidade na região e assegurar o bem-estar das pessoas em Taiwan, disse.
Wu foi eleito líder do KMT a 20 de maio, com 52% dos votos.
O encontro de domingo aprovou também uma nova plataforma que se comprometeu com a oposição da “independência de Taiwan”.
O KMT irá seguir as “aspirações comuns em prol da paz e do desenvolvimento através dos dois lados do estreito” emitidas em 2005 pelos líderes do PCCh e do KMT, bem como os princípios básicos praticados durante a administração de Taiwan do anterior líder Ma Ying-jeou.
“O partido irá também promover todas as atividades que conduzam a um desenvolvimento pacífico e estável dos laços entre os dois lados do estreito”, afirmou.
“As relações entre o estreito são desafiantes e complicadas. Partindo da base política do Consenso de 1992, o qual inclui a política de Uma Só China e se opõe à ‘independência de Taiwan’, estamos dispostos a manter a comunicação e a promover o diálogo com o KMT, de modo a manter o desenvolvimento pacífico das relações”, disse An Fengshan, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado.
“É tempo de depositar confiança nas relações entre os dois lados do estreito”, disse Liu Guoshen, professor de Estudos de Taiwan da Universidade de Xiamen, tendo elogiado o reconhecimento do consenso de 1992 por parte do KMT.
“A comunicação entre a parte continental e a ilha é insuficiente. Mais canais de comunicação são bem-vindos”, disse.
Desde que o Partido Democrático Progressista assumiu o poder em maio de 2016, tem-se recusado a assumir o Consenso de 1992, tendo os canais oficiais de comunicação entre o estreito sido suspensos.
A relutância da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, em assumir o Consenso de 1992 “danificou todo o trabalho árduo em prol das relações pacíficas entre o estreito”, vincou Ma Xiaoguang, outro porta-voz do Gabinete dos Assuntos de Taiwan.
Ao longo do ano passado, o número de turistas da parte continental da China a visitar Taiwan caiu abruptamente.