Forte crescimento da China favorece aceleração das reformas necessárias, diz FMI

Fonte: Xinhua    16.08.2017 14h15

Washington, 16 ago (Xinhua) -- O crescimento econômico forte da China até o momento deste ano abriu o caminho para os elaboradores de políticas acelerarem as reformas necessárias e se concentrarem mais em crescimento de qualidade, disse na terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"A China continua a transição para um caminho do crescimento mais sustentável e as reformas têm avançado através de um domínio amplo", disse a diretoria executiva do FMI em uma nota depois de concluir a consulta de Artigo IV com as autoridades chinesas sobre a economia do país.

A economia da China se expandiu 6,9% no primeiro semestre do ano, bem acima do objetivo anual do governo, de 6,5%, segundo os dados do Departamento Nacional de Estatísticas.

Apesar de o ímpeto de crescimento "provavelmente cairá no decurso do ano", o FMI prevê que o crescimento da China "permanecerá forte em 6,7%" este ano devido à dinâmica gerada pelo apoio de política no ano passado, melhor demanda externa e progresso nas reformas domésticas.

Os diretores executivos também concordaram que a China precisa de mais melhoras em seus quadros de políticas fiscais e monetários, a fim de manter o crescimento e a estabilidade econômicos no prazo médio.

"Eles apoiaram a melhoria do quadro fiscal para aumentar a autonomia dos governos locais, reduzir o escopo dos gastos fora do orçamento e centralizar certas responsabilidades de despesas", disse a nota. "Eles também pediram por finalização da transição para um moderno quadro da política monetária baseado em preços."

Em termos da taxa de câmbio do renminbi (RMB, a moeda chinesa), os diretores executivos enfatizaram a importância de progresso contínuo em direção a "maior flexibilidade na taxa de câmbio" e saudaram o compromisso do país para aprofundar a reforma e depender mais nas forças do mercado para determinar a taxa do câmbio.

Os diretores executivos também elogiaram um maior foco da China em reduzir os riscos da estabilidade financeira, observando que "as dívidas corporativas estão crescendo mais lentamente, refletindo as iniciativas de reestruturação e redução de excesso da capacidade produtiva". Eles pediram pela continuidade do fortalecimento de esforços reguladores e supervisores.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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