China e Brasil podem assinar vários acordos durante a visita de Temer

Fonte: Diário do Povo Online    16.08.2017 15h53

O presidente brasileiro Michel Temer fará uma visita oficial a Beijing no dia 1 de setembro, antes de participar da Cúpula dos Brics, a ser realizada em Xiamen, sudeste da China. É esperado que os dois países venham a assinar vários acordos de investimento e comércio.

Para além dos acordos, o jornal Valor Econômico avançou que a China poderá anunciar um investimento em portos e refinarias do Brasil durante a visita de Temer ao país asiático.

O embaixador brasileiro em Beijing, Marcos Caramuru, afirmou que a relação bilateral ganhou um maior grau de amadurecimento e complementaridade estratégica “em que os dois são ganhadores” e precisam do que o outro tem a oferecer.

A relação não tem querelas políticas, e isso se combina com o plano chinês de canalizar seu excesso de poupança em investimentos em várias partes do mundo para equilibrar os riscos. “Novas formas de interação entre o Brasil e a China são exploradas”, considerou Marcos.

O resultado é que metade dos ativos no exterior da gigante elétrica chinesa State Grid estão no Brasil; a China Three Gorges Corporation, estatal responsável pela construção de hidrelétrica de Três Gargantas na China, escolheu o Brasil como um país prioritário em sua estratégia de crescimento internacional; e o grupo chinês Fosun, que comprou uma participação na gestora Rio Bravo, busca áreas completamente novas, como hospitais, imobiliário e entretenimento.

Até a Didi Chuxing, variante chinesa da Uber e a maior do mundo em seu segmento, comprou a 99 Táxi em São Paulo, aproveitando os rentáveis ativos no Brasil.

A crise política do Brasil não afetou o crescimentos dos ativos chineses no país. Embora as empresas chinesas estejam insatisfeitas como a complexidade do sistema tributário, a China mostrou confiança no desenvolvimento brasileiro, apontou Marcos.

O embaixador referiu também as trocas comerciais entre os dois países. Entre janeiro e julho, a China importou mercadorias do Brasil no valor de US$ 30,7 bilhões, duas vezes o valor das importações dos EUA, ocupando 24,3% da exportação brasileira. Ao mesmo tempo, o Brasil importou mercadorias chinesas no valor de 14,5 bilhões de dólares, um aumento de 11,5% em termos anuais. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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