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Comentário: BRICS pronto para desempenhar seu papel na governança mundial

Fonte: Xinhua    08.08.2017 10h27

Beijing, 8 ago (Xinhua) -- Falta menos de 30 dias para a nona cúpula do BRICS em Xiamen em setembro, quando o papel da organização na governança global, a recuperação econômica instável e retrocessos na globalização serão assuntos de maior preocupação.

"BRICS: parceria mais forte para um futuro mais brilhante" reunirá os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul em Xiamen, uma cidade costeira na Província de Fujian, no sudeste da China, de 3 a 5 de setembro.

Os "países de tijolos de ouro" -- tradução chinesa do BRICS -- representam os mercados emergentes e a voz dos países em desenvolvimento do mundo.

O crescimento econômico forte significa que o BRICS é atualmente protagonista importante na economia mundial e na governança mundial. Juntos, os cinco responderam por 23% da economia mundial em 2016, quase o dobro de sua fatia em 2006, sendo a fonte de mais da metade do crescimento mundial nos últimos dez anos.

"A cooperação do BRICS não só ajudou os próprios países, mas também aumentou o direito de falar nos assuntos mundiais para todos os países em desenvolvimento", disse Ruan Zongze, vice-presidente executivo do Instituto Chinês para Estudos Internacionais.

Como ocupante da presidência do BRICS este ano, a China está organizando uma série de reuniões que normalmente precedem a cúpula dos líderes. No início desta semana, os ministros do Comércio se reuniram em Shanghai e concordaram em se unir contra o protecionismo e fazer o possível para garantir a sobrevivência do sistema de comércio multilateral.

Em julho, uma reunião de segurança do BRICS foi realizada em Beijing, com discussões focadas na governança internacional, antiterrorismo, internet, energia, segurança nacional e desenvolvimento.

Em junho, os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais concordaram em fortalecer a cooperação nas áreas fiscais e financeiras, incluindo o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e a colaboração reguladora.

"Eu penso que a cúpula deste ano em Xiamen produzirá maior cooperação prática e concreta e melhorará a confiança e a convicção entre o BRICS", disse Shen Yi, diretor do centro para estudos de BRICS na Universidade de Fudan.

A China não quer limitar a cooperação futura entre as cinco nações. Em março, o ministro das Relações Exteriores Wang Yi disse que a China exploraria as modalidades da expansão para o "BRICS Maior" e criaria uma parceria mais ampla por diálogo com os países em desenvolvimento e organizações internacionais.

O "BRICS maior" fornecerá oportunidades para outras economias e injetará ímpeto na globalização econômica, comentou o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento Eurasiático Yaroslav Lissovolik.

"As propostas do ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, relativas à expansão da zona de parceria do BRICS não são apenas oportunas em um momento em que a China ocupa a presidência do BRICS, mas também são voltadas a dar novo ímpeto para os processos da integração sob as condições complicadas de propagação do protecionismo na economia mundial", afirmou Lissovolik.

Com o progresso dos últimos dez anos e uma atitude mais inclusiva, o BRICS está preparado não só para a cúpula de Xiamen, mas também para um outra década de ouro.

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