Beijing, 8 ago (Xinhua) -- A reserva cambial da China aumentou pelo sexto mês consecutivo em julho, quando a pressão de fuga do capital diminuiu e o valor do dólar norte-americano tornou-se mais fraco, mostraram os dados do banco central divulgados na segunda-feira.
As reservas ficaram em US$ 3,081 trilhões no final de julho, um aumento de US$ 23,93 bilhões ante o fim de junho, segundo o Banco Popular da China.
É a primeira vez que as reservas expandiram-se pelo sexto mês consecutivo desde junho de 2014.
Em um comunicado online, a Administração Estatal de Divisas (AED) atribuiu o aumento aos fluxos estáveis de capitais transfronteiriços e à relativa valorização das moedas não norte-americanas.
O dólar norte-americano desvalorizou-se contra a maioria das principais moedas no mês passado devido à incerteza política em Washington e aos dados econômicos fracos.
Havia preocupações sobre a saída de capital do mercado chinês no segundo semestre de 2016, quando a economia enfrentava pressões de baixa e a moeda chinesa, o yuan, perdeu a tendência ante o dólar norte-americano.
Com a economia chinesa em uma base mais sólida e o yuan estável, o estoque começou a aumentar estavelmente a partir de fevereiro.
A economia chinesa cresceu 6,9% anualmente no primeiro semestre de 2017, com o consumo e os serviços, junto aos novos setores econômicos orientados à inovação, desempenhando papéis maiores na economia, estimulando as instituições globais como o Fundo Monetário Internacional a elevar as previsões de crescimento do PIB do país.
Com o acumulo das mudanças positivas e a China se abrindo ainda mais o seu mercado financeiro, o fluxo de capitais transfronteiriços se estabilizará ainda mais, segundo a AED.
Os dados da segunda-feira também mostraram que as reservas de ouro do país subiram para US$ 75,08 bilhões no final de julho, ante os US$ 73,59 bilhões no fim de junho.