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Ex-primeira-ministra tailandesa se defende no tribunal sobre processo criminal de programa de arroz

Fonte: Xinhua    03.08.2017 09h10

Bangkok, 3 ago (Xinhua) -- A ex-primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, se defendeu na terça-feira de um processo criminal envolvendo um programa de arroz escandaloso, insistindo que ela foi vítima de um "intrincado jogo político".

Yingluck apareceu no tribunal para fazer uma declaração verbal final relativa ao programa populista de arroz, sobre o qual ela foi acusada por promotores públicos de negligência de dever e falta de conduta no cargo.

Essas alegadas ofensas por parte da ex-líder levaram 14,7 bilhões de bahts (460 milhões de dólares americanos) em perdas estaduais, de acordo com os promotores públicos.

Ao ler a declaração de 19 páginas perante o tribunal encarregado de ações judiciais contra políticos, Yingluck sustentou que nunca havia deixado de cumprir seu dever como chefe de governo, que havia lançado o programa de arroz nos supostos interesses dos fazendeiros há muitos anos.

Tampouco esteve envolvida em qualquer corrupção com o programa de arroz, como alegado pelos procuradores, disse Yingluck ao Supremo Tribunal composto por nove juízes, que está programado para dar o veredicto sobre o caso no dia 25 de agosto.

Ela disse que só foi vítima do "intrincado jogo político" que lhe conferiu uma longa batalha legal no tribunal.

"Eu não fiz nada de errado (...) Eu percebi os problemas dos fazendeiros de arroz que virtualmente são a espinha dorsal do país e implementei o programa de arroz para ajudá-los a chegar ao fim. Eu entreguei minha política ao parlamento e meu governo tinha sido obrigado a implementar no decorrer dos interesses dos agricultores."

"Peço a misericórdia do (Supremo) Tribunal para que suspenda o processo contra mim. Peço que o Supremo Tribunal proceda no meu caso com relação aos fatos, leis e testemunhas verídicas," disse Yingluck.

Centenas de pessoas se reuniram fora do prédio da Suprema Corte para apoiar a ex-primeira-ministra, que acenou para a multidão, apertou as mãos e recebeu flores após a execução de sua declaração final.

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