Beijing, 24 jul (Xinhua) -- O plano da China para desenvolver a inteligência artificial (IA), recentemente publicado pelo Conselho de Estado, é um passo importante para realizar a estratégia de desenvolvimento dirigida pela inovação e tornar o país em um líder global no setor de ciência e tecnologia, disse Wang Zhigang, vice-ministro da Ciência e Tecnologia.
Desde que o conceito da IA foi proposto pela primeira vez em 1956, houve uma rápida evolução no desenvolvimento da internet, big data, supercomputadores e neurociência, abrindo as portas para o início da "nova geração da IA", disse Wang.
"A nova geração da IA" caracteriza-se pela aprendizagem profunda, integração de múltiplas disciplinas, colaboração entre o ser humano e a máquina, assim como a operação automática, o que faz com que os setores sociais e econômicos sejam mais inteligentes, acrescentou.
Como impulsionadora de uma nova rodada de reforma industrial, a IA tem sido usada por muitos países para fomentar a competitividade internacional e a segurança nacional.
No entanto, a gerência da China para impulsionar o desenvolvimento da IA não tem como objetivo desafiar a posição internacional de certos países, afirmou Li Meng, também vice-ministro da Ciência e Tecnologia.
"O plano tem como base em nosso julgamento e visão sobre o desenvolvimento atual e futuro da ciência e tecnologia da China, de acordo com as demandas do desenvolvimento social e econômico", explicou Li.
O projeto estipula que a indústria da IA servirá como um novo motor do crescimento econômico e ajudará a melhorar a vida da população até 2020. Além disso, o plano estabelece a meta de que a China se torne em um grande centro inovador da IA e lidere o mundo na tecnologia e aplicações da IA antes de 2030.
Wang destacou a importância de criar um sistema aberto e coordenado de inovação da IA, incluindo a criação de bases de inovação e uma reserva de talentos de alto nível e uma promoção da colaboração entre as entidades dedicadas à IA.
O vice-ministro também enfatizou a sinergia entre a pesquisa, a produção e o desenvolvimento industrial da IA, acrescentando que a pesquisa e a produção têm de se fortalecer mutuamente.
A emergência da IA apresenta-se como uma faca de dois gumes para muita gente, e os debates sobre seus riscos continuam.
"Como a qualquer outra nova tecnologia, a IA pode trazer problemas como o desemprego, a perturbação das éticas sociais e até o desafio aos princípios das relações internacionais", indicou Wang.
Em resposta às preocupações com o desemprego, Wang assinalou que o plano oferece uma diretriz para ajustar a capacitação do pessoal e para que esteja mais alinhado com o mercado de trabalho.
A estipulação de regulamentos sobre a gerência da segurança será acelerada para tratar dos problemas em condução autônoma, a robótica de serviços e outras tecnologias.
A supervisão e a avaliação de segurança devem ser fortalecidas para lidar com as práticas inadequadas como o uso inapropriado dos dados, a violação da privacidade e a transgressão moral, a fim de fomentar a autodisciplina na indústria e as empresas.