Shanghai, 24 jul (Xinhua) -- Durante o transcurso dos últimos 11 anos, o vínculo entre os membros do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), manteve um forte crescimento.

Juntos, obtiveram muito para seus povos e para o mundo. E ainda há mais por chegar.

Nos âmbitos fiscal e financeiro, os cinco países estão dispostos a fortalecer a cooperação tributária internacional e a colaboração em regulação financeira, estabelecer uma melhor rede de instituições de serviços financeiros e criar um marco de cooperação para fomentar as parcerias público-privadas, conforme concordaram em junho os ministros das Finanças e governadores de bancos centrais em uma reunião em Shanghai.

Serão promovidos os mercados de bônus em moedas locais dos países do BRICS, serão realizados esforços para convergir os padrões de contabilidade e auditoria, e também serão tomadas medidas para se proteger contra a pressão por liquidez e combater a lavagem do dinheiro e financiamento do terrorismo.

O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), uma importante instituição do BRICS criada em Shanghai em 2015, experimentou bons resultados nos últimos dois anos.

Em 2016, o banco concedeu 1,5 bilhão em empréstimos para sete projetos, que em sua grande maioria são das áreas de energias limpas e infraestruturas. De 2017 a 2018, a entidade tem 23 projetos em diferentes fases, com um valor total emprestado de 6 bilhões.

Além isso, os países do BRICS aumentarão sua cooperação em inovação, estimularão a cooperação entre os parques científicos e reforçarão a formação para a transferência tecnológica.

Um plano de ação para a cooperação em inovação, publicado na última terça-feira, assinalou o papel das gerações de jovens, incentivando os países do BRICS a promover parcerias de jovens relacionadas com a inovação e o espírito empreendedor mediante a cooperação pragmática e o estabelecimento de ferramentas de investimento entre os países do BRICS.

Funcionários de alto escalão meio-ambientais dos países do BRICS também se comprometeram a continuar com o uso sustentável da rica biodiversidade das nações do BRICS para atingir as metas e os objetivos.

Nos últimos meses os cinco países também prometeram, em uma série de reuniões a nível ministerial, potencializar sua cooperação em áreas como segurança alimentar, vigilância sanitária, cultura e esportes.

Com o espírito de parceria que se caracteriza por abertura, abrangência e cooperação que beneficia a todos, o BRICS está disposto a dar as boas-vindas àqueles que têm ideias parecidas.

O NBD manifestou sua intenção de operar em grande escala, e agora está projetando critérios e uma estratégia para estender seu parceria a novos países dentro de sua estratégia geral para 2017-2021.

A expansão, destacou o banco, garantirá a diversidade geográfica e uma estrutura razoável entre os países avançados, os de receitas médias e baixas.

A inclusão de mais países para discutir sobre o desenvolvimento e construir a parceria ajudará aos países do BRICS a tornar-se numa plataforma mais influente para a cooperação Sul-Sul.

Os cinco países somam 42% da população mundial. Na década passada, sua cota total na economia global tinha subido de 12% para 23% e sua contribuição ao crescimento global tinha ultrapassado 50%.

O fortalecimento do BRICS não só beneficia os povos destes países, mas também o mundo inteiro.