Rio de Janeiro, 21 jul (Xinhua) -- O juiz brasileiro Sérgio Moro ordenou na quarta-feira um bloqueio de bens pertencentes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após sua condenação por corrupção.

O ex-presidente foi acusado de receber subornos da empresa de construção OAS sob a forma de um apartamento de luxo na cidade litorânea do Guarujá, estado de São Paulo. O Tribunal condenou Lula a nove anos e meio de prisão, mas ele pode recorrer em liberdade.

Além do tempo de prisão, o juiz Moro determinou a apreensão de 600 mil reais de quatro contas bancárias pertencentes a Lula. Três apartamentos, um terreno e dois carros também foram congelados pelo tribunal. Lula e sua família mantêm o uso desses itens, mas não podem vendê-los.

Lula nega todas as acusações. Sua equipe de defesa insistiu que o juiz era politicamente tendencioso e pronunciou Lula culpado apesar de uma flagrante falta de provas.

Segundo Lula, ele e sua esposa só visitaram o apartamento do Guarujá, mas acabaram não realizando a compra. Os advogados de Lula também apresentaram documentos que indicam que a OAS deu o apartamento ao banco público Caixa como garantia de empréstimo, indicando que o apartamento não estava na posse da empresa para ser negociado.

Os advogados de defesa de Lula também protestaram que a decisão de congelar os bens era arbitrária e não foram devidamente informados antes de serem divulgados à imprensa.