Beijing, 21 jul (Xinhua) -- A China está estimulando o aluguel de residências nas grandes e médias cidades para atender à crescente demanda dos recém-chegados.
As medidas incluem aumentar a oferta de casas para alugar e instalar uma plataforma de serviços de aluguel apoiada pelo governo, anunciaram o Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano e Rural e outros departamentos do governo em comunicado.
Com 245 milhões de migrantes e 7 milhões de universitários formados todos os anos, os recém-chegados às cidades chinesas acham difícil encontrar uma casa para alugar devido à oferta insuficiente, irregularidades do mercado e falta de apoio do governo.
Para solucionar o assunto, o ministério está pedindo aos governos locais que aumentem a oferta de terreno e deem apoio financeiro para companhias construírem casas e apartamentos para alugar.
Algumas empresas estatais podem se transformar em companhias de casa de aluguel para dirigir o desenvolvimento do setor.
O governo também incentiva incorporadoras e provedores de serviços imobiliários a instalar subsidiárias em negócios de aluguel.
As autoridades das grandes e médias cidades que recebem imigrantes devem estabelecer plataformas em que as informações de habitação disponível possam ser trocadas e as ofertas de aluguel sejam reguladas, para proteger os direitos de ambos os lados e promover a supervisão do mercado.
"Isso ajudaria a solucionar os problemas de anúncios falsos e falta de transparência no mercado, para que as pessoas sintam tranquilidade quando alugarem uma casa", disse Chai Qiang, vice-diretor do Instituto de Avaliadores de Imóveis e Corretores da China.
Os projetos-piloto serão estabelecidos em 12 cidades, como Guangzhou, Shenzhen, Nanjing e Hangzhou.
No mais recente esforço para aumentar o número de arrendatários e controlar os preços, a autoridade local de Guangzhou, motor econômico sul do país, decidiu dar aos locatários e senhorios os mesmos direitos educacionais.
Em muitas cidades, o direito de ir à escola é limitado aos filhos de proprietários de imóvel. Guangzhou é a primeira entre as grandes a estendê-lo aos locatários.
A China divulgou em maio o projeto do primeiro regulamento de aluguel e venda de imóveis. Regras detalhadas sobrem proprietários, arrendatários, incorporadoras e corretores. Para proteger os interesses de senhorios e arrendatários, o projeto exigiu um contrato de aluguel escrito para ser assinado, e especificando as condições relativas ao prazo de locação, aluguéis e o direitos dos arrendatários. Também conteve regras gerais para regular os comportamentos de desenvolvedores, restringindo-os de publicar anúncios falsos e artificialmente aumentar preços de habitações.