China: crescimento econômico impulsionado por vaga reformista

Fonte: Diário do Povo Online    18.07.2017 09h38

No início deste ano, vários analistas expressaram suas preocupações quanto à possibilidade da economia chinesa começar a enfraquecer no segundo trimestre. No entanto, os últimos dados da Administração Nacional de Estatísticas (ANE), mostram que tais preocupações eram infundadas.

A economia cresceu 6.9% no segundo trimestre, face ao ano anterior, o mesmo valor registrado no primeiro trimestre, de acordo com os números divulgados ontem pelo NBS. Ainda mais encorajadores, os indicadores-chave, tais como a produção industrial e o consumo, revelam os resultados das melhorias conseguidas, através do ajuste da estrutura econômica do país.

O investimento em indústrias de alta tecnologia, por exemplo, aumentou em 21,5%, 12,9 pontos percentuais acima do crescimento geral do investimento, enquanto as vendas no varejo de bens de consumo cresceram 10,4% em termos anuais, acima dos 10% registrados no primeiro trimestre.

O setor de serviços, que já representa 54,1% da economia em geral, expandiu 7,7% em termos anuais no primeiro semestre do ano. De acordo com a ANE, o consumo doméstico representa agora 63,4% do crescimento do PIB, o que realça o progresso que a China tem atingido na sua tentativa de tornar a inovação e a demanda doméstica nos impulsionadores do crescimento econômico.

Considerando que esse desempenho foi alcançado em um contexto de esforços para reduzir o excesso de capacidade de produção e os níveis de endividamento das empresas, os números não são apenas impressionantes, mas sugerem também que o país conseguiu alcançar com sucesso um equilíbrio na sua tentativa de promover o crescimento econômico e reestruturação.

Olhando para o futuro, a China continuará a dar continuidade ao objetivo de reduzir a capacidade de produção excessiva, reduzir as ações imobiliárias e os níveis de dívida corporativa, fortalecendo ainda mais os esforços na proteção ambiental e conservação da qualidade de água.

Embora os decisores políticos devam permanecer atentos à possibilidade de um crescimento mais lento no terceiro trimestre, não há dúvida de que o país está no bom caminho para atingir o objetivo previamente estabelecido de crescimento do PIB em "cerca de 6,5%" para este ano.

Com o objetivo de crescimento alcançável e com um desenvolvimento estável e coordenado da economia, a liderança tem mais espaço para avançar com a reestruturação e reformas econômicas. A reforma financeira, por exemplo, irá ser levada a cabo, após a consolidação do poder de regulamentação financeira do país na recém-concluída Conferência Nacional de Trabalho Financeiro, que terminou no sábado. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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