Brasília, 13 jul (Xinhua) -- A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "um escárnio" e "um absurdo jurídico que envergonha o Brasil".
"A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, a 9 anos e seis meses de prisão, é um escárnio. Uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonha o Brasil. Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia", declarou Rousseff em nota divulgada por sua assessoria de imprensa.
O juiz brasileiro Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, condenou Lula da Silva nesta quarta-feira em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso no qual é acusado de ser o verdadeiro dono de um apartamento triplex no balneário do Guarujá, litoral de São Paulo.
"Sem provas, cumprem o roteiro pautado por setores da grande imprensa. Há anos, Lula, o presidente da República mais popular na história do país e um dos mais importantes estadistas do mundo no Século XXI, vem sofrendo uma perseguição sem quartel",enfatizou a ex-presidente .
No comunicado, Rousseff citou também a decisão de véspera do Senado que aprovou alterações substanciais nas lei trabalhistas brasileiras.
"Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT (Consolidação das leis Trabalhistas). Uma perda monumental para os trabalhadores brasileiros".
Agora, assistimos essa ignomínia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos.", acrescentou a ex-mandatária.
"O país não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Não conseguirão. Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018. Nós iremos resistir", concluiu.