Enfoque da China: China publica padrões para indústria de bicicletas compartilhadas

Fonte: Xinhua    06.07.2017 14h39

Shanghai, 6 jul (Xinhua) -- Uma série de padrões foi publicada na quarta-feira para regulamentar a robusta indústria de bicicletas compartilhadas na China.

Shanghai e Tianjin projetaram normas que entrarão em vigor em 1º de outubro, depois de escutarem opiniões de fabricantes e operadores de bicicletas compartilhadas.

As companhias como Mobike e Ofo aderirão aos padrões em produção, operação e manutenção de bicicletas compartilhadas.

As normas especificam uma vida útil de três anos para todas as bicicletas e exigem que as operadoras distribuam pelo menos um funcionário de manutenção por cada 200 unidades.

Também regularizarão a gestão de cauções, o atendimento de reclamações e o pagamento de indenização.

Mais de 10 milhões de bicicletas compartilhadas estão nas ruas das cidades chinesas, operadas por mais de 30 empresas. Entre elas, a Mobike e a Ofo respondem por mais de 90% do mercado.

De acordo com o Centro de Pesquisa do Comércio Eletrônico da China, o número de usuários do serviço atingiu 18,86 milhões, ante 2,45 milhões de 2015.

Mais usuários significam mais reclamações. Nos primeiros quatro meses deste ano houve mais de 2.600 queixas em Shanghai, quase nove vezes mais que no mesmo período de 2016, disse Ning Hai, subsecretário-geral do Conselho de Consumidores de Shanghai.

A devolução de cauções e pagamentos adiantados, ocupação excessiva do espaço nas ruas e mau estacionamento são problemas mais destacados.

As normas estipulam que cauções e adiantamentos devem ser devolvidos em menos de sete dias após a solicitação.

Antes que um operador saia do negócios, deve submeter um plano às autoridades locais, avisar seus usuários e explicar como devolverá o dinheiro, indicam as normas.

O fracasso dos negócios não é irrelevante. Onze operadores contam com mais de um milhão de bicicletas compartilhadas nas ruas de Shanghai, quase o dobro que a demanda, disse Guo.

O conselho de consumidores de Shanghai descobriu que 37% das bicicletas compartilhadas na cidade estavam fora das áreas de estacionamento. De acordo com os novos padrões, Shanghai necessita 5 mil funcionários de manutenção, muitos mais que o número atual.

As autoridades de Shanghai estão marcando áreas de estacionamento em mapas online para garantir um estacionamento ordenado das bicicletas compartilhadas, assinalou o engenheiro chefe da Associação de Bicicletas de Shanghai, Xu Daohang.

O compartilhamento --seja de bicicletas, automóveis, propriedades ou qualquer outro tipo de bem-- se tornou popular nas cidades chinesas, com os moradores vendo suas vidas se tornarem mais fáceis e econômicas.

Um relatório recente mostrou que em 2016 cerca de 600 milhões de chineses estavam compartilhando algum tipo de serviço, quase metade da população do país.

No ano passado, o volume de comércio da economia do compartilhamento dobrou em relação ao ano anterior para cerca de 3,5 bilhões de yuans (US$ 516 bilhões), segundo um relatório publicado pelo Centro de Informação do Estado.

A economia compartilhada crescerá a uma taxa média anual de 40% nos próximos anos, e até 2020 representará mais de 10% do PIB nacional, segundo o documento.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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