Beijing, 6 jul (Xinhua) -- A China deve reduzir os custos e melhorar a eficiência da logística para estimular a economia real, segundo uma diretriz aprovada em uma reunião executiva do Conselho de Estado (gabinete chinês), presidida pelo premiê Li Keqiang na quarta-feira.
Um foco é colocado em melhor transporte rodoviário por meio da melhoria da administração de tráfego e aplicação da lei, com o fim de disponibilizar melhores serviços e menos trâmites burocráticos. A política fiscal será revisada e as cobranças do pedágio serão estabelecidas em níveis razoáveis para reduzir o ônus das companhias.
"O setor logístico é a base de importância estratégica para o desenvolvimento da economia de mercado. Reduzir os custos logísticos e elevar a eficiência devem ser priorizados este ano", assinalou Li.
As estatísticas da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma mostraram que o custo da logística na China foi cerca de 14,9% do PIB em 2016, queda de 1,1 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Embora a proporção tenha caído por quatro anos consecutivos até 2016, ele não só é significativamente mais alto do que em algumas economias desenvolvidas, mas também mais alto do que algumas economias em desenvolvimento.
A China ficou em 27º lugar no Índice de Desempenho Logístico 2016, criado pelo Banco Mundial e que cobre 160 países e regiões.
"Os custos logísticos da China estão ainda entre os mais altos no mundo. Nós devemos responder prontamente às preocupações comuns das empresas com medidas bem projetadas, para fazer o setor avançar com ônus leve e com melhor desempenho. Isso será de grande ajuda para a economia real", enfatizou ele.
Segundo a diretriz, apoio será fornecido em termos do planejamento urbano e uso da terra. Vários centros de logística em nível nacional serão desenvolvidos. A infraestrutura da logística será reforçada, e serviço de cargas ferroviárias, melhorado e integrado com outros meios do transporte.
Mais formas de financiamento também serão disponibilizadas para as companhias do setor logístico.
O país quer estabelecer um sistema nacional integrado para liberação de cargas e cortar o tempo da liberação de cargas em um terço até o final deste ano, segundo a diretriz.
O setor logístico se beneficiará da integração maior com o setor manufatureiro, enquanto mais esforços irão para a tecnologia essencial, desenvolvimento de equipamentos e aprimoramento da gestão.
O governo impulsionará ativamente com a agenda da reforma para acabar com o protecionismo regional e monopólio da indústria.
"Nós devemos tomar ações para rebaixar os custos logísticos da China em direção ao fim mais baixo entre os países em desenvolvimento", disse o primeiro-ministro.
A indústria da logística da China está crescendo estavelmente com o apoio do governo que promete impostos e custos mais baixos. Em 2016, a receita bruta do setor atingiu 7,9 trilhões de yuans (US$ 1,1 trilhão), um aumento anual de 4,6%.