China condena incursão americana nas ilhas Nansha

Fonte: Diário do Povo Online    26.05.2017 09h14

Fragatas foram destacadas para emitir aviso a navio enviado por Washington, pedindo a sua retirada da região do Mar do Sul da China.

Beijing condenou veementemente Washington na quinta-feira, após um navio norte-americano ter navegado nas proximidades das ilhas Nansha sem permissão, admoestando que tal ação poderia resultar em danos à paz e estabilidade regionais.

Os especialistas referem que a ação revela que o exército americano pretende manter a sua presença na região, em prol de seus interesses domésticos e internacionais.

O USS Dewey, um contratorpedeiro, navegou a menos de 12 milhas náuticas do recife de Meiji, nas ilhas Nansha, na quinta-feira, sendo o primeiro caso da administração Trump, segundo os meios de comunicação americanos anunciaram, citando fontes militares americanas.

A China destacou as fragatas Liuzhou e Luzhou para identificar e avisar a embarcação americana para abandonar a zona, afirmou Ren Guoqiang, porta-voz do ministério da Defesa, durante uma conferência de imprensa regular. A China apresentou também o seu protesto, pela via diplomática, face aos EUA, acrescentou.

 “Tal conduta do exército Americano apenas encorajará o exército chinês a continuar a reforçar a capacidade de defesa da sua soberania nacional”, asseverou.

 “Somos resolutamente contra tais práticas por parte do exército americano, que apenas visam, de modo jactanciosamente, demonstrar o seu poder militar, promover a militarização regional e aumentar a probabilidade de acidentes aéreos ou marítimos”, prosseguiu o porta-voz, que reiterou a soberania chinesa sobre as ilhas Nansha e suas águas circundantes.

Lu Kang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, disse na quinta-feira que a situação no Mar do Sul da China está arrefecendo e a demonstrar sinais positivos de desenvolvimento, devido aos esforços conjuntos da China e dos países da ASEAN.

Mas as ações dos EUA arriscam severamente a disrupção das negociações entre os intervenientes do Mar do Sul da China, “e não beneficiam ninguém”, referiu.

 “A China é absolutamente contra a navegação por parte de outros países no seu território nacional sob o pretexto da liberdade de navegação”, disse Lu. “A determinação de proteger a sua soberania territorial, segurança e interesses marítimos é inabalável”.

O general Zhang Junshe, investigador do Instituto de Investigação de Estudos Militares do Exército de Libertação do Povo, analisa que, “ao criar alvoroço no Mar do Sul da China, o exército americano pode requisitar à administração Trump mais recursos para conter a China”.

“Internacionalmente, os EUA podem reassegurar os seus aliados globais que não descartaram a sua presença no Mar do Sul da China, passando uma imagem de determinação no vindouro Diálogo Shangri-La, onde oficiais de defesa de todo o mundo se irão reunir, em Singapura”, concluiu. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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