AlphaGo ensina como usar inteligência artificial para benefício humano

Fonte: Diário do Povo Online    24.05.2017 09h52

Ke Jie (esquerda) disputa partida do jogo “Go” conta o AlphaGo, da Google, em Wuzhen, província de Zhejiang, a 23 de maio de 2017.

O AlphaGo, um programa de inteligência artificial (IA), derrotou Ke Jie, campeão de Go da China, na terça-feira, no primeiro dia da Cúpula do Futuro do Go, realizada em Wuzhen, província de Zhejiang.

A partida, à “melhor de três”, foi vencida pelo sistema AlphaGo, como muitos especialistas haviam previsto.

Esta não é a primeira vez que o sistema desenvolvido pela Google Deep Mind, enfrenta um adversário humano.

Em março de 2016, o AlphaGo venceu o campeão mundial Lee Sedol, da República da Coreia. Em janeiro deste ano, ganhou 60 partidas seguidas contra os principais jogadores humanos da China, da Coreia do Sul e do Japão, em várias plataformas online.

Nos últimos quatro meses, os programadores da Google aprimoraram ainda mais o AlphaGo, uma das razões pela qual os observadores não estavam confiantes quanto à vitória do jogador de 19 anos, Ke Jian.

As sucessivas vitórias do AlphaGo começam a suscitar preocupações sobre o crédito dado à inteligência artificial, como sendo superior à atividade do cérebro humano.

Uma rede neuronal desenvolvida pela Google, com um complexo algoritmo de aprendizagem, foi usada para construir o AlphaGo.

Essencialmente, o AlphaGo é uma imitação do cérebro humano em termos de capacidade de aprendizagem, tendo uma maior capacidade de imitação do que outros dispositivos de IA.

O sistema é quase imbatível no jogo go, devido à sua rápida capacidade de computação, que lhe permite rever inúmeros movimentos e jogadas dentro de um curto espaço de tempo. Contudo, a IA ainda se revela ainda incompetente quando se trata da capacidade de pensamento criativo.

Em fevereiro de 1996, o "Deep Blue" desenvolvido pela IBM, derrotou o então campeão mundial de xadrez Garry Kasparov.

Após a criação do AlphaGo, cerca de 20 anos após o seu predecessor do xadrez, e tendo em conta que o Go envolve mais possibilidades que o xadrez, este assume-se como uma versão melhorada do Deep Blue.

Enquanto produto tecnológico de ponta, a IA funciona como índice-chave do desenvolvimento tecnológico de um país.

A 1 de abril, o iimedia.cn, um website tecnológico da China, lançou o relatório da Indústria de Inteligência Artificial da China 2017 (China Artificial Intelligence Industry 2017), no qual revela um crescimento no setor de 43,3%, atingindo 10,06 bilhões de yuans (1,46 bilhões de dólares) envolvidos só no ano passado. Este ano, a taxa de crescimento está estimada em 51,2%.

A China tem vários investigadores talentosos e dedicados, bemcomo empresários que investem no setor tecnológico. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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