Beijing apelou à calma e contenção face a todas as partes envolvidas, na segunda-feira, após Pyongyang ter conduzido o seu último teste balístico, apelando a esforços para resolver o problema nuclear da Península Coreana de forma pacífica.

“A situação na península coreana é complicada e sensível. Urgimos novamente a todas as partes para evitarem atividades que instem à provocação mútua e à intensificação de tensões, por forma a devolver a situação ao caminho do diálogo e da consulta”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

A RPDC declarou que o seu míssil de médio alcance, Pukguksong-2, está pronto para instalação após o teste de domingo.

Kim Jong-un ordenou o lançamento e assistiu a partir de um posto de observação, segundo a Agência de Notícias Central da Coreia, na segunda-feira.

O teste verificou os aspetos técnicos do sistema da arma e examinou a sua “adaptabilidade a vários cenários de batalha”, antes de ser adaptado a unidades militares, podia ler-se no relatório.

“A posição da China na questão é muito clara e consistente”, afirmou Hua em uma coletiva de imprensa de rotina, em Beijing.

“As resoluções do Conselho das Nações Unidas estipulam de forma clara a proibição da RPDC de usar mísseis balísticos, sendo que, como tal, a China se opõe aos testes”, vincou a porta-voz.

O Conselho de Segurança da ONU irá realizar um encontro de emergência na terça-feira em resposta ao teste. Quando inquirida relativamente à aplicação de mais sanções a Pyongyang, Hua disse que as discussões ou atividades tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU devem ser consentâneas com os importantes consensos atingidos pela comunidade internacional.

“A comunidade internacional tem pelo menos três pontos de consenso na questão nuclear da península coreana. São eles: o objetivo de desnuclearização; implementação completa e restrita das resoluções do Conselho de Segurança da ONU; e o apoio de forma pacífica na resolução da questão nuclear da península”, disse.