BRASÍLIA, 11 de mai (Diário do Povo Online) - A grande investigação do Brasil sobre o caso de corrupção da Petrobras, a Operação Lava Jato, atingiu novos picos mediáticos nesta quarta-feira, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro.

Às 14h00, hora local, o interrogatório de Lula teve início no tribunal federal de Curitiba, capital do estado do Paraná, quando o juiz Moro estava buscando respostas para acusações de corrupção e lavagem de dinheiro contra a figura política.

Acabado de chegar ao tribunal, Lula recebeu aplausos de um grande número de partidários, que foram retidos a cerca de 150 metros do edifício.

Milhares de ativistas do Partido dos Trabalhadores (PT), da Central União dos Trabalhadores (CUT) entre outros, se reuniram ali para aplaudir o ex-líder e denunciar o que acreditam ser uma conspiração contra ele.

A sucessora e amiga de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, também demonstrou seu apoio.

Um grupo menor de manifestantes, que apoiam a presença de Lula no tribunal, também se fez ouvir.

Durante o interrogatório, Moro entrevistou Lula por cerca de três horas, antes de entregar a testemunha aos promotores federais e depois à equipe de defesa.

No início desse dia, o Tribunal Supremo do Brasil rejeitou uma petição da equipe de defesa de Lula para adiar seu depoimento.

Seus advogados anunciaram não ter tempo suficiente para rever toda a documentação relacionada ao caso e solicitaram 90 dias para analisá-la. Eles declararam ter recebido cerca de 5.000 documentos, com um total de cerca de 100.000 páginas, ao longo das últimas semanas.

Lula é acusado de ter recebido subornos de 3,7 milhões de reais (1,15 milhões de dólares) da empresa de construção OAS, através de um apartamento de três andares em Guarujá, uma cidade turística na costa de São Paulo.